A razão é historiadora, as paixões são atrizes.
Passagens de Antoine de Rivarol
19 resultadosAs vestes embaraçam levemente os movimentos, mas protegem o corpo contra as intempéries. As leis refreiam as paixões, mas defendem a honra, a vida e os bens.
Empreguemos apenas a razão para combater opiniões, pois ninguém mata idéias a tiro.
Um pouco de filosofia nos afasta da religião; muita filosofia a ela nos reconduz.
A razão é composta de verdades que devem ser ditas e de verdades que devem ser caladas.
Infelizmente há virtudes que só podemos praticar quando somos ricos.
A inveja que fala e grita é sempre desajeitada. Muito mais a termer-se é a inveja que cala.
A mulher devota crê nos devotos, a não devota nos filósofos; mas ambas são igualmente crédulas.
Nada assombra quando tudo assombra: é a idade das crianças.
Nada é tão horrível quanto ser rico sem virtudes.
Ao avarento falta tanto o que tem como o que não tem.
Os filósofos são mais anatomistas que os médicos: dissecam, mas não curam.
O céu recusou o gênio às mulheres, para que toda chama pudesse encontrar-se nos seus corações.
Há algo maior do que o orgulho, e mais nobre do que a vaidade, a modéstia; e algo mais raro que a modéstia é a simplicidade.
Em matéria de religião, não deve o sábio ser nem supersticioso, nem ímpio.
Não há dúvida de que as conspirações são, às vezes, preparadas por homens de talento; mas são sempre executadas por feras.
A moral é filha da justiça e da consciência – é uma religião universal.
Existem homens que de sua riqueza ganham só o medo de perdê-la.
Mas a vaidade está funcionando: ela tem um olhar que implora os olhos e as mãos que chamam à atividade: o dono também é favorável aos seus impérios em que o orgulho é fatal; é social; com ela é mais feliz do que com o orgulho, porque é raro não ficar feliz com algo que é vaidoso.