Dentaduras duplas! Inda não sou bem velho para merecer-vos…
Passagens de Carlos Drummond de Andrade
1088 resultadosOs colégios orgulham-se dos homens ilustres que estudaram neles e que resistiram à massificação escolar.
A verdade repetida torna-se lugar-comum e perde a força.
A leitura da vida dos grandes homens torna ainda mais insignificante a vida dos homens comuns.
A amizade hoje traz vários espelhos. Quando o espelho quebra em 7 pedaços há também vários destinos.
O tempo é o elemento de transformação.
O cão é um assalariado que dispensa pagamento.
Cansada de servir ao homem, a máquina enferruja e morre.
Cada geração de computadores desmoraliza as antecedentes e seus criadores.
O canibal moderno recusa o canibalismo direto.
Que pode uma criatura senão, entre outras criaturas, amar? amar e esquecer, amar e malamar, amar, desamar, amar? sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Não adianta ao velho ganhar a discussão com o moço; a vida está do lado do moço.
A guerra é ganha pelos generais e perdida pelos soldados.
Chegou um tempo em que não adianta morrer. Chegou um tempo que a vida é uma ordem.
Evoluímos tanto que já é possível conceber conto de fadas sem fadas e até sem conto.
Eternamente não é o que dura para sempre, mas sim o que dura um segundo e é capaz de marcar tão fundo, que se faz impossível de esquecer.
Nossos mortos estão sepultados em nós, mas preferimos visitá-los no cemitério.
O povo não costuma perder a paciência, porque ela é o seu único bem.
A natureza é tão abrangente que comporta sua própria negação, sem se importar com isto.
Carlos, sossegue, o amor é isso que você está vendo: hoje beija, amanhã não beija, depois de amanhã é domingo e segunda-feira ninguém sabe o que será.