Os padres querem casar. Mas quem trai um celibato de 2 mil anos há de trair um casamento em quinze dias.
Passagens sobre Casamento
334 resultadosQuer se trate de relações pessoais dentro de um casamento, ou de iniciativas políticas num processo de paz, não existe nenhum kit de seguro-de-incêndio ou de faça-você-mesmo.
O problema fundamental do casamento é que ele abala a confiança de um homem nele mesmo, e diminui grandemente sua competência e eficácia geral. Ele passa a pensar como um comandante que perdeu uma batalha decisiva e dramática e, desde então, nunca mais acredita inteiramente em si mesmo.
O Que Une os Homens?
Os homens têm tanta dificuldade para se aproximar quando tratam de negócios, são tão espinhosos quanto aos menores interesses, tão eriçados de dificuldades, querem tanto enganar e tão pouco ser enganados, dão tanto valor ao que lhes pertence e tão pouco valor ao que pertence aos outros, que confesso que não sei por onde e como conseguem concluir casamentos, contratos, aquisições, a paz, a trégua, os tratados, as alianças.
Amizade, casamento de dois seres que não podem dormir juntos.
De todas as coisas sérias o casamento é a mais cómica.
O problema do casamento é que se acaba todas as noites depois de se fazer o amor, e é preciso tornar a reconstruí-lo todas as manhãs antes do café.
O casamento é o egoísmo a duo.
Casamento é a única aventura aberta aos covardes.
Casamento feito, noivo arrependido.
É a alma e não o corpo que torna o casamento indissolúvel.
Quase sempre que um casamento segue bem, é porque um dos esposos manda e o outro obedece.
O único remédio para se salvar dos arrependimentos no casamento é abrir os olhos antes de contraí-lo e fechá-los depois.
Não Há Amor como o Primeiro
Não há amor como o primeiro. Mais tarde, quando se deixa de crescer, há o equivalente adulto ao primeiro amor — é o primeiro casamento; mas não é igual. O primeiro amor é uma chapada, um sacudir das raízes adormecidas dos cabelos, uma voragem que nos come as entranhas e não nos explica. Electrifica-nos a capacidade de poder amar. Ardem-nos as órbitas dos olhos, do impensável calor de podermos ser amados. Atiramo-nos ao nosso primeiro amor sem pensar onde vamos cair ou de onde saltámos. Saltamos e caímos. Enchemos o peito de ar, seguramos as narinas com os dedos a fazer de mola de roupa, juramos fazer três ou quatro mortais de costas, e estatelamo-nos na água ou no chão, como patos disparados de um obus, com penas a esvoaçar por toda a parte.
Há amores melhores, mas são amores cansados, amores que já levaram na cabeça, amores que sabem dizer “Alto-e-pára-o-baile”, amores que já dão o desconto, amores que já têm medo de se magoarem, amores democráticos, que se discutem e debatem. E todos os amores dão maior prazer que o primeiro. O primeiro amor está para além das categorias normais da dor e do prazer. Não faz sentido sequer.
O problema do casamento é que, enquanto toda mulher é no íntimo uma mãe, todo homem é um solteiro.
O casamento é um livro cujo primeiro capítulo é escrito em verso, e os demais, em prosa.
O mundo crê que o casamento acaba com tudo, como em uma comédia. A verdade é o oposto: tudo começa com ele.
Os namorados nada sabem do casamento e, casados, esquecem o namoro.
O casamento e a mortalha no céu se talha.
Casamento baseia-se na teoria segundo a qual, quando um homem descobre uma marca de cerveja que corresponda exatamente ao seu gosto, ele deve jogar fora seu emprego e ir trabalhar na cervejaria.