Passagens sobre Cérebro

159 resultados
Frases sobre cérebro, poemas sobre cérebro e outras passagens sobre cérebro para ler e compartilhar. Leia as melhores citações em Poetris.

Barrow-on-Furness

I

Sou vil, sou reles, como toda a gente
Não tenho ideais, mas não os tem ninguém.
Quem diz que os tem é como eu, mas mente.
Quem diz que busca é porque não os tem.

É com a imaginação que eu amo o bem.
Meu baixo ser porém não mo consente.
Passo, fantasma do meu ser presente,
Ébrio, por intervalos, de um Além.

Como todos não creio no que creio.
Talvez possa morrer por esse ideal.
Mas, enquanto não morro, falo e leio.

Justificar-me? Sou quem todos são…
Modificar-me? Para meu igual?…
— Acaba já com isso, ó coração!

II

Deuses, forças, almas de ciência ou fé,
Eh! Tanta explicação que nada explica!
Estou sentado no cais, numa barrica,
E não compreendo mais do que de pé.

Por que o havia de compreender?
Pois sim, mas também por que o não havia?
Água do rio, correndo suja e fria,
Eu passo como tu, sem mais valer…

Ó universo, novelo emaranhado,
Que paciência de dedos de quem pensa
Em outras cousa te põe separado?

Continue lendo…

O amor mata a inteligência. O cérebro faz de ampulheta com o coração. Um só se enche para esvaziar o outro.

Quando penso no passado, no tipo de coisas que me fizeram, sinto-me furioso, mas, mais uma vez, isso é apenas um sentimento. O cérebro sempre domina e diz-me: tens um tempo limitado de estada na Terra e deves tentar usar esse período para transformar o teu país naquilo que desejas.

A leitura após certa idade distrai excessivamente o espírito humano das suas reflexões criadoras. Todo o homem que lê de mais e usa o cérebro de menos adquire a preguiça de pensar.

A dúvida, essa nuvenzinha vaga que às vezes mora nos cérebros, pode também ser considerada um presente, o que não chega a ser, diga-se de passagem, uma afirmação, uma vez que sobre isso também tenho minhas dúvidas.

O nosso cérebro é o melhor brinquedo já criado: nele se encontram todos os segredos, inclusive o da felicidade.

A criatividade é uma inspiração viva, com fôlego, sempre renovada, que computador algum pode igualar. Porque não tirar o máximo partido disso? Pois o cérebro tem a miraculosa capacidade de dar tanto mais quanto mais lhe pedir.

A Funda

(SALVADOR RUEDA)

O verso é a funda de uma idéia. À teia
Dos fios trá-la, sem calhaus, pendida;
Mas, se a tomares, que lhe emprestes vida,
E a tornes digna da atenção alheia.

Funda é o verso. Faiscando, balanceia
No ígneo cérebro a pedra encandescida;
E ao futuro, de súbito impelida,
Caminhando veloz, relampagueia.

O verso é a funda que uma idéia lança.
A pedra passa pela nossa frente
E no giro dos séculos não cansa.

E tu, que és perta e sonhador austero,
Lembra as pedras em funda resistente
Alto lançadas pela mão de Homero!

Todos os Minutos São Preciosos

Às vezes, quando me encontro com velhos amigos, lembro-me da rapidez com que o tempo passa. E isso faz-me pensar se temos utilizado o nosso tempo de forma adequada ou não. A utilização adequada do tempo é tão importante. Enquanto tivermos este corpo e especialmente este cérebro humano incrível, eu acho que cada minuto é algo precioso. O nosso dia-a-dia é muito vivido à base de esperança, embora não exista a garantia do nosso futuro. Não há garantia de que amanhã a esta hora estajamos aqui. Mas estamos sempre na expectativa de que isso aconteça, puramente na base da esperança. Por isso, precisamos de fazer o melhor uso possível do nosso tempo. Acredito que a utilização adequada do tempo é a seguinte: se você puder, esteja disponível para as outras pessoas, ou para outros seres sensíveis. Se não, pelo menos, abster-se de os prejudicar. Eu acho que esta é toda a base da minha filosofia.

Concluindo, precisamos de reflectir no que é realmente de valor na vida, o que dá sentido às nossas vidas, e definir as nossas prioridades com base nisso. O propósito da nossa vida precisa de ser positivo. Nós não nascemos com o propósito de causar problemas,

Continue lendo…

Se permanecer alerta, um cérebro saudável continuará a servi-lo com o avançar da idade. Deve contar com pronta vigilância, e não com o pavor da debilitação e senilidade.

O que havia em você que eu pudesse influenciar? Seu cérebro? Ele era subdesenvolvido. Sua imaginação? Ela estava morta. Seu coração? Ainda não tinha nascido

D. Quixote

Assim à aldeia volta o da “triste figura”
Ao tardo caminhar do Rocinante lento:
No arcaboiço dobrado – um grande desalento,
No entristecido olhar – uns laivos de loucura…

Sonhos, a glória, o amor, a alcantilada altura
Do ideal e da Fé, tudo isto num momento
A rolar, a rolar, num desmoronamento,
Entre os risos boçais do Bacharel e o Cura.

Mas, certo, ó D. Quixote, ainda foi clemente
Contigo a sorte, ao pôr nesse teu cérebro oco
O brilho da Ilusão do espírito doente;

Porque há cousa pior: é o ir-se a pouco e pouco
Perdendo, qual perdeste, um ideal ardente
E ardentes ilusões – e não se ficar louco!

Talvez o Homem não Possa Esquecer Nada

Talvez o homem não possa esquecer nada. A operação de ver e de conhecer é complicada demais para que seja possível apagá-la de novo inteiramente; ou seja, para todas as formas que foram produzidas uma vez pelo cérebro e pelo sistema nervoso repetir-se-ão, a partir daí, muitas vezes. A mesma actividade nervosa repdroduz a mesma imagem.

Apenas porque consegui fazer algo que parece importante, eu não quero que ninguém pense que tenho um grande cérebro.

Então, como se um golpe súbito em seu cérebro lhe provocasse uma mudança momentânea de percepção, sentiu um espanto enorme em relação ao que estava fazendo ali, ao motivo por que estava ali. Naquele momento, desapareceram todos os dias e dogmas de seu passado. Seus conceitos, seus problemas, sua dor foram eliminados. Sabia apenas – de uma longa distância, com clareza – que o homem existe para realizar seus desejos e não sabia por que estava ali, não sabia quem tinha o direito de exigir que ele desperdiçasse uma única hora insubstituível de sua vida, quando seu único desejo era agarrar aquela figura esbelta e cinzenta e apertá-la contra seu corpo durante todo o restante de sua existência

A tolerância é o maior dom da mente; requer o mesmo esforço do cérebro que é necessário para o equilíbrio numa bicicleta.