A vingança jamais poderá ser o consolo.
Passagens sobre Consolo
67 resultadosLivro de minha alma aqui o tenho: é a Bíblia. Não o encerro na biblioteca, entre os de estudo, conservo-o sempre à minha cabeceira, à mão. É dele que tiro o pão para a minha fome de consolo, é dele que tiro a luz nas trevas das minhas agonias.
Deus é mais belo que eu. E não é jovem. Isto sim, é consolo.
Em certo sentido o bem não tem consolo.
Nenhum país, nem mesmo o mais culto, deixa de ter um defeito peculiar, e tais fraquezas servem de defesa ou consolo às nações vizinhas.
A Fé Bahá’í é um consolo para a humanidade…
A vingança geralmente atinge dois objetivos: ou traz consolo a quem sofreu a injúria, ou lhe traz segurança para o futuro.
Uma Vida Exterior Simples e Modesta Só Pode Fazer Bem
Uma vida exterior simples e modesta só pode fazer bem, tanto ao corpo como ao espírito. Não creio de modo algum na liberdade do ser humano, no sentido filosófico. Cada um age não só sob pressão exterior como também de acordo com a sua necessidade interior. O pensamento de Schopenhauer: «O homem pode, na verdade, fazer o que quiser, mas não pode querer o que quer», impressionou-me vivamente desde a juventude e tem sido para mim um consolo constante e uma fonte inesgotável de tolerância. Esse conhecimento suaviza benéficamente o sentimento de responsabilidade levemente inibitório e faz com que não tomemos demasiado a sério, para nós e para os outros, uma concepção de vida que justifica de modo especial a existência do humor.
Do ponto de vista objectivo, pareceu-me sempre desprovido de senso querer-se indagar sobre o sentido ou a finalidade da própria existência ou da existência da criação. E, no entanto, cada homem tem certos ideais, que o orientam nos seus esforços e juízos. Neste sentido o bem-estar e a felicidade nunca me pareceram um fim em si (chamo a esta base ética o ideal da vara de porcos). Os ideais que me iluminavam e me encheram incessantemente de alegre coragem de viver foram sempre a bondade,
No estudo encontro prazer e consolo, e nada é tão agradável, que com ele não seja mais agradável, nada tão triste, que com ele não fique menos triste.
O mesmo conhecimento a que devemos o consolo de que nenhum terror é eterno ou que dure muito tempo, também nos deixa compreender que durante o terror, de duração limitada, a verdadeira segurança nos é proporcionada pela amizade.
Digam o que disserem, encontrar consolo na arte é um razoável substituto da religião.
O Desejo e a Posse
Um homem não se sente totalmente privado dos bens aos quais nunca sonhou aspirar, mas fica muito satisfeito mesmo sem eles, enquanto outro que possua cem vezes mais do que o primeiro sente-se infeliz quando lhe falta uma única coisa que tenha desejado. A esse respeito, cada um tem também um horizonte próprio daquilo que lhe é possível atingir, e as suas pretensões têm uma extensão semelhante a esse horizonte. Quando determinado objecto, situado dentro desses limites, se lhe apresenta de modo que o faça acreditar na possibilidade de alcançá-lo, o homem sente-se feliz; em contrapartida, sentir-se-à infleliz quando eventuais dificuldades lhe tirarem tal possibilidade. Tudo o que estiver situado externamente a esse campo visual não agirá de forma alguma sobre ele. Por esse motivo, as grandes propriedades dos ricos não perturbam o pobre, e, por outro lado, para o rico cujos propósitos tenham fracassado, serve de consolo as muitas coisas que já possui. (A riqueza assemelha-se à água do mar; quanto mais dela se bebe, mais sede se tem. O mesmo vale para a glória).
O facto de que o nosso humor habitual não resulte muito diferente do anterior após a perda de uma riqueza ou do bem-estar,
V – A Vida E O Barco
Andar e mais andar é a vida a bordo;
Mal estudo, e apenas eu vou lendo;
A noite com a música entretendo;
Deito-me cedo, e mais cedo acordo.Saudosíssimo a pátria eu recordo,
E, pra consolo versos lhe fazendo,
Desenho terras só aquela vendo,
E para não chorar os lábios mordo.Enfim há de chegar, eu bem o sei,
Que o Brasil eu reveja jubiloso;
E, se outrora eu servi-lo só pensei,Muito mais forte e muito mais zeloso,
Para ainda mais servi-lo, voltarei
Té que nele encontre o último repouso.
Sonhos
Cada dia que passa faz-me pensar
E reflectir sobre quem ele traiu,
Que enquanto viveu nada fui ganhar
Com a lama vil onde a alma caiu.Até de meus sonhos a vida me deixa
Na maré nu, na areia, em solidão,
Desolado que, inda vivo, não esteja
Seguindo veloz no barco da acção.Há uma beleza no mundo exterior,
No monte ou planície onde chega a vista
Que já é consolo à dúvida e à dor,
Mas, Oh! A beleza que o mundo conquistaNem Palavra ou verso a pode imaginar
Nem a mente humana, só por si, forjar!
Nenhuma arte poderia alguma vez confortá-la, embora a arte esteja acreditada em tantas coisas, especialmente a capacidade de oferecer consolo. Às vezes, é claro, a arte cria, em primeiro lugar, o sofrimento.
Alma Fatigada
Nem dormir nem morrer na fria Eternidade!
Mas repousar um pouco e repousar um tanto,
Os olhos enxugar das convulsões do pranto,
Enxugar e sentir a ideal serenidade.A graça do consolo e da tranqüilidade
De um céu de carinhoso e perfumado encanto,
Mas sem nenhum carnal e mórbido quebranto,
Sem o tédio senil da vã perpetuidade.Um sonho lirial d’estrelas desoladas
Onde as almas febris, exaustas, fatigadas
Possam se recordar e repousar tranqüilas!Um descanso de Amor, de celestes miragens,
Onde eu goze outra luz de místicas paisagens
E nunca mais pressinta o remexer de argilas!
É um consolo para os infelizes ter companheiros de desventura.
Anima Mea
Ó minh’alma, ó minh’alma, ó meu Abrigo,
Meu sol e minha sombra peregrina,
Luz imortal que os mundos ilumina
Do velho Sonho, meu fiel Amigo!Estrada ideal de São Tiago, antigo
Templo da minha fé casta e divina,
De onde é que vem toda esta mágoa fina
Que é, no entanto, consolo e que eu bendigo?De onde é que vem tanta esperança vaga,
De onde vem tanto anseio que me alaga,
Tanta diluída e sempiterna mágoa?Ah! de onde vem toda essa estranha essência
De tanta misteriosa Transcendência
Que estes olhos me dixam rasos de água?!
O único consolo que sinto ao pensar na inevitabilidade da minha morte é o mesmo que se sente quando o barco está em perigo: encontramo-nos todos na mesma situação.
Uma boa esposa é um grande consolo para o homem em todos os contratempos e dificuldades – que ele nunca haveria de ter se tivesse continuado solteiro.