Quem sonha de dia tem consciência de muitas coisas que escapam a quem sonha só de noite.
Passagens de Edgar Allan Poe
37 resultadosTalvez seja a própria simplicidade do assunto que nos conduz ao erro.
Na minha opinião, o crime perfeito existe.
A enorme multiplicação de livros, de todos os ramos do conhecimento, é um dos maiores males de nossa época.
Para ser feliz, até certo ponto, devemos ter sofrido na mesma proporção.
A ciência ainda não nos provou se a loucura é ou não o mais sublime da inteligência.
Nenhum homem que tenha vivido conhece mais sobre a vida após a morte… que eu ou você; e toda religião… simplesmente se desenvolveu da trapaça, medo, ganância, imaginação e poesia.
Tudo o que amei, amei sozinho.
Não há beleza rara sem algo de estranho nas proporções.
A ciência não averiguou ainda se a loucura é ou não a mais sublime das inteligências.
A vida real do homem é feliz, principalmente porque está sempre à espera de o ser em breve.
E nenhum poema será tão grande, tão nobre, tão verdadeiramente digno do nome de poesia quanto aquele que foi escrito tão só e apenas pelo prazer de escrever um poema.
Para sermos felizes até certo ponto é preciso que tenhamos sofrido até o mesmo ponto.
A Génese de um Poema
A maior parte dos escritores, sobretudo os poetas, preferem deixar supor que compõem numa espécie de esplêndido frenesim, de extática intuição; literalmente, gelar-se-iam de terror à ideia de permitir ao público que desse uma espreitadela por detrás da cena para ver os laboriosos e incertos partos do pensamento, os verdadeiros planos compreendidos só no último minuto, os inúmeros balbucios de ideias que não alcançaram a maturidade da plena luz, as imaginações plenamente amadurecidas e, no entanto, rejeitadas pelo desespero de as levar a cabo, as opções e as rejeições longamente ponderadas, as tão difíceis emendas e acrescentas, numa palavra, as rodas e as empenas, as máquinas para mudança de cenário, as escadas e os alçapões, o vermelhão e os postiços que em 99% dos casos constituem os acessórios do histrião literário.
(…) No que a mim diz respeito, não compartilho da repugnância de que falei e nunca senti a mínima dificuldade em rememorar a marcha progressiva de todas as minhas obras. Escolho O Corvo por ser a mais conhecida. Proponho-me demonstrar claramente que nenhum pormenor da sua composição se pode explicar pelo acaso ou pela intuição, que a obra se desenvolveu, a par e passo, até à sua conclusão com a precisão e o rigor lógico de um problema matemático.
A enorme multiplicação de livros em todos os ramos do conhecimento é uma das maiores pragas desta era, porque é um sério obstáculo à aquisição de qualquer conhecimento positivo.
Não é na ciência que está a felicidade, mas na aquisição da ciência.
A perversidade é um dos impulsos primitivos do coração humano.