Passagens de Epicuro

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Se não podemos ver-nos, trocar ideias, nem estar em companhia um do outro, o sentimento do amor evaporar-se-á em pouco tempo.

Deus deseja prevenir o mal, mas não é capaz? Então não é onipotente. É capaz, mas não deseja? Então é malevolente. É capaz e deseja? Então por que o mal existe? Não é capaz e nem deseja? Então por que lhe chamamos Deus?

E quem diz que a hora de filosofar ainda não chegou ou já passou, assemelha-se ao que diz que ainda não chegou ou já passou a hora de ser feliz.

Entre os desejos, alguns são naturais e necessários, outros naturais e não necessários, e outros, nem naturais, nem necessários, mas efeito de opiniões vazias.

Não temos tanta necessidade da ajuda dos amigos quanto da certeza da sua ajuda.

Na discussão, o vencido obtém maior proveito, pois aprende o que ainda não sabia.

Não podemos viver felizes se não formos justos, sensatos e bons; e não podemos ser justos, sensatos e bons sem sermos felizes.

O prazer não é um mal em si; mas certos prazeres trazem mais dor do que felicidade.

Quanto à sensação de segurança perante os homens, o poder e o domínio são bens dados pela natureza, a partir dos quais podemos proporcionar-nos segurança.

Se aquilo que ocasiona prazer aos libertos eliminasse os receios do espírito, dos fenómenos da natureza, da morte e das dores, e se ainda ensinasse o conhecimento da limitação das ânsias, nada teríamos a desaprovar nessas pessoas.

Muitos que alcançaram a riqueza não conseguiram um remédio contra seus males, mas apenas os trocaram por males ainda piores.

Uma Vida Simples e Modesta

Não depender senão de si mesmo é, em nossa opinião, um grande bem, mas daí não se segue que devamos sempre contentar-nos com pouco. Simplesmente, quando nos falte a abundância, devemos poder contentar-nos com pouco, persuadidos de que gozam melhor a riqueza os que têm menor número de cuidados, e de que tudo quanto seja natural se obtém facilmente, enquanto o que não o é só se consegue a custo. As iguarias mais simples proporcionam tanto prazer quanto a mesa mais ricamente servida, sempre que esteja ausente o sofrimento causado pela necessidade, e o pão e a água ocasionam o mais vivo prazer quando são saboreados após longa privação.
O hábito de uma vida simples e modesta é, pois, uma boa maneira de cuidar da saúde e, ademais, torna o homem corajoso para suportar as tarefas que deve necessariamente cumprir na vida. Permite-lhe ainda apreciar melhor uma vida opulenta, quando se lhe enseje, e fortalece-o contra os reveses da fortuna. Por conseguinte, quando dizemos que o prazer é o soberano bem, não falamos dos prazeres dos devassos, nem dos gozos sensuais, como o pretendem alguns ignorantes que nos combatem e nos desfiguram o pensamento. Falamos da ausência de sofrimento físico e da ausência de perturbação moral.

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Toda a amizade é desejável por si própria, mas inicia-se pela necessidade do que é útil.

Os prazeres do amor jamais nos serviram. Devemos considerar-nos felizes se não nos aborrecerem.

Verdade é que o homem sensato não evita o prazer, e quando finalmente as circunstâncias o obrigam a deixar a vida, ele não se comporta como se esta ainda lhe devesse algo para a suprema existência.