Passagens de Epicuro

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Nenhum prazer é em si um mal, porém certas coisas capazes de engendrar prazeres trazem consigo maior número de males que de prazeres.

Nunca se protele o filosofar quando se é jovem, nem canse o fazê-lo quando se é velho, pois que ninguém é jamais pouco maduro nem demasiado maduro para conquistar a saúde da alma.

A riqueza exigida pela natureza é limitada e facilmente arranjada; aquela, pelo contrário, que ambicionamos possuir num tolo desejo, chega ao infinito.

As pessoas felizes lembram o passado com gratidão, alegram-se com o presente e encaram o futuro sem medo.

Injustiça por si só não é um mal. O verdadeiro mal reside no receio desconfiado de que o ato possa vir a ser escondido do juiz competente.

A propósito de cada desejo deve-se colocar a questão: ‘Que vantagem resultará se eu não o satisfizer ?’.

Nascemos uma única vez; uma segunda vez não nos é dada, e não nasceremos mais por toda a eternidade.

O prazer é o primeiro dos bens. É a ausência de dor no corpo e de inquietação na alma.

Aquele que inspira medo aos outros não está, ele próprio, livre desse medo.

Nunca devemos nos esquecer de que o futuro não é nem totalmente nosso, nem totalmente não-nosso, para não sermos obrigados a esperá-lo como se estivesse por vir com toda a certeza, nem nos desesperarmos como se não estivesse por vir jamais.

Não provamos nosso sentimento ao amigo, compartilhando as suas lamentações, mas sim com a nossa ajuda activa.

Entre os homens, na maioria dos casos, a inactividade significa torpor, e a actividade, loucura.

Aquele que melhor goza a riqueza é aquele que menos necessidade dela tem.

Só há um caminho para a felicidade. Não nos preocuparmos com coisas que ultrapassam o poder da nossa vontade.

Filosofar é Preciso

Na juventude, não devemos hesitar em filosofar; na velhice, não devemos deixar de filosofar. Nunca é cedo nem tarde demais para cuidar da própria alma. Quem diz que não é ainda, ou já não é mais, tempo de filosofar, parece-se ao que diz que não é ainda, ou já não é mais, tempo de ser feliz. Jovens ou velhos, devemos sempre filosofar; no último caso, para rejuvenescermos ao contacto do bem, pela lembrança dos dias passados, e no primeiro, para sermos, embora jovens, tão firmes quanto um ancião diante do futuro. É mister, pois, estudar os meios de adquirir a felicidade; quando a temos, temos tudo; quando a não temos, fazemos tudo por adquiri-la.

Porque as virtudes estão intimamente ligadas à felicidade, e a felicidade é inseparável delas.

Não existe nada de terrível na vida para quem está perfeitamente convencido de que não há nada de terrível em deixar de viver.