Passagens de Epiteto

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Zele por este momento. Mergulhe em suas particularidades. Seja sensível a que você é, ao seu desafio, à sua realidade. Livre-se dos subterfúgios. Pare de criar problemas desnecessários para si mesmo. Este é o tempo de realmente viver; de se entregar por completo à situação em que você está agora.

Todas as coisas têm duas alças, uma que permite segurá-la, outra que não permite isso.

Fortaleça-se com contentamento, pois isto é uma fortaleza inexpugnável.

É um homem sensato aquele que não lamenta pelo que não tem, mas se alegra pelo que tem.

Tem a cada dia diante dos olhos a morte, o exílio e tudo o que parece assustador, principalmente a morte: jamais terás então qualquer pensamento baixo ou qualquer desejo excessivo.

Quando você se ofender com as faltas de alguém, vire-se e estude os seus próprios defeitos. Cuidando deles, você esquecerá a sua raiva e aprenderá a viver sensatamente.

Qualquer lugar onde alguém está contra a sua vontade é, para este alguém, uma prisão.

Acusar os outros pelos próprios infortúnios é um sinal de falta de educação; acusar-se a si mesmo mostra que a educação começou; não acusar nem a si mesmo nem aos outros mostra que a educação está completa.

Se pretendes fazer alguma coisa, transforme em hábito a tua pretensão. Se não pretendes, abstém-te de fazê-la.

O Preço da Elevada Conduta

Conduta e carácter do homem vulgar: nunca em si próprio busca proveito ou pena, antes se atém às coisas exteriores. Conduta e carácter do filósofo: todo o proveito e pena surtem do íntimo de si próprio.
Sinais daquele que evolui: não insulta ninguém, não louva ninguém, não se queixa de ninguém, não acusa ninguém, nada diz de si próprio como coisa importante – e nunca afirma saber o que quer que seja. Quando embaraçado e contrariado, só a si próprio se responsabiliza. Se o louvam, ri-se discretamente de quem o louva – e se o insultam, de nada se justifica. Comporta-se como os convalescentes, e teme enfraquecer o que se consolida antes de recuperar toda a sua firmeza.
Suprimiu em si qualquer espécie de vontade, e animosidades também: só faz pairar uma e outras sobre as únicas coisas que, contrárias à natureza, dependem de nós. Os seus arrebatamentos quase nunca o são. E caso o tenham na conta de estúpido ou ignorante – nenhuma inquietação o toma. Numa palavra: desafia-se a si próprio como se fora um inimigo de quem temesse várias armadilhas.

Se disserem mal de ti com fundamento, corrige-te. Do contrário, ri e não faças caso.

Não busque a felicidade fora, mas sim dentro de você, caso contrário nunca a encontrará.

As pessoas ficam perturbadas, não pelas coisas, mas pela imagem que formam delas.

Na prosperidade é fácil encontrar amigos; mas na adversidade é a mais ingrata das tarefas.

O caminho para a felicidade é parar de preocupar-se com o que está além do nosso poder.

Primeiro, diga a si mesmo o que você quer ser; e então faça o que tem a fazer.

A Supressão dos Desejos

Nenhuma das coisas que se admiram e se buscam com zelo é útil aos que as obtiveram; mas quando ainda não se as têm, imagina-se que, se acontecerem, todos os bens estarão presentes com elas; e, quando estão diante de nós, sentimos a mesma febre, a mesma agitação e aborrecimento, o mesmo desejo pelas coisas que não temos. Pois não é saciando-se com as coisas desejadas que se prepara a liberdade, é pela supressão dos desejos.

Se o problema possui solução não devemos nos preocupar com ele. E se não possui solução, de nada adianta nos preocuparmos.