A riqueza é para ser gasta.
Passagens de Francis Bacon
176 resultadosO dinheiro é um bom criado, mas um mau senhor.
A pior solidão é não ter amizades verdadeiras.
Não há solidão mais triste do que a do homem sem amizades. A falta de amigos faz com que o mundo pareça um deserto.
Guardem-se os juízes das conclusões duras e das inferências desmedidas.
Seja verdadeiro consigo mesmo e não seja falso com os outros.
Todas as cores concordam no escuro.
Na caridade não há excessos.
A sabedoria dos crocodilos consiste em verter lágrimas quando querem devorar.
Não há nada que faça um homem suspeitar tanto como o facto de saber pouco.
A esperança é um bom café da manhã, mas um mau jantar.
Se o dinheiro não for seu servo, será o seu patrão.
Dá à fé o que a fé pertence.
A Audácia é Má no Conselho e boa na Execução
A audácia é filha da ignorância e da rudeza, e muito inferior a todos os outros dons. Ela fascina, porém, atando-lhes os pés e as mãos, aos que são débeis de entendimento e falhos de coragem que formam a maioria; e prevalece até sobre os homens sábios nas horas da fraqueza. Por isso vemos que ela fez maravilhas nos Estados populares, menos do que nos governados por Senados ou por Príncipes; e muito mais ao primeiro arranco das pessoas audaciosas, do que depois, porque a audácia é má cumpridora de promessas.
(…) Certamente aos homens de grande entendimento, os audacciosos dão um espectáculo de muito gozo; e até mesmo para o vulgo, a audácia não deixa de ser ridícula. Porque se o absurdo é o fundamento do riso não duvideis de que uma grande audácia raramente existe sem absurdo.
(…) Deve ser bem considerado que a audácia é sempre cega, para não ver os perigos e as inconveniências. Por isso ela é má no conselho e boa na execução; para bem aproveitar e utilizar as pessoas audacciosas é preciso que elas nunca estejam na chefia do comando, mas em segundo lugar, sob a direcção de outros. Porque no conselho é bom ver os perigos,
A Natureza do Homem
A natureza está muitas vezes escondida, algumas vezes vencida, raramente extinta. A força torna a natureza mais violenta na reacção; a doutrina e o discurso fazem a natureza menos exigente; mas só o hábito altera e subjuga a natureza. Aquele que deseja vencer a sua natureza, não tente dar a si próprio tarefas muito grandes ou muito pequenas; porque as primeiras podem desanimá-lo com frequentes frustrações, e as segundas dar-lhe-ão insignificantes progressos, apesar de serem bem sucedidas. No princípio, irá praticando com auxiliares, como os nadadores se socorrem de bóias e coletes; mas, ao fim de algum tempo, deverá realizar o treino entre dificuldades, como os dançarinos fazem com os socos. Isto porque resulta sempre maior perfeição quando o exercício é mais árduo do que a prática.
(…) Não é má a antiga regra que mandava curvar a natureza até ao extremo oposto, para que ela se rectificasse; subentendendo-se, porém, que o extremo oposto não seja o vício. O homem não se deve forçar a um hábito com contínua persistência, mas com alguma interrupção; porque a pausa reforça a nova investida; e se o homem que não é perfeito estiver sempre a exercitar-se, será tão perito nos seus erros como nas suas virtudes,
A verdade é filha do tempo, não da autoridade.
O que faz mal não é a mentira que passa pela mente, mas a que nela mergulha e se firma.
A fama é como um rio, que mantém à superfície as coisas leves e infladas, e arrasta para o fundo as coisas pesadas e sólidas.
Todo o homem se descobre sete anos mais velho na manhã seguinte ao casamento.
A esperança é um bom desjejum, mas um péssimo jantar.