É essencial que os partidos, as pessoas, os movimentos, as associações assumam as suas responsabilidades e ponham de parte o clima de ataques demagógicos e irresponsáveis, bem como os clamores de sociabilização imediata, que têm vindo a intensificar-se desde o 25 de Abril.
Passagens de Francisco Sá Carneiro
117 resultadosNão somos nem queremos ser um partido de quadros ou de elites.
Por mim, limito-me a não injuriar ou atacar. A explicar apenas que estas eleições são o julgamento daquilo que os nossos adversários fizeram nos últimos anos.
O fim principal do poder político é o serviço da pessoa. O Estado está ao serviço da pessoa.
Quando tenho um minuto faço como o Mário Soares: vou ver galerias de pintura.
Somos socialistas porque somos sociais-democratas, mas somos socialistas sem subordinação a dogmas marxistas, muito menos leninistas, sem subordinação a dogmas de apropriação colectiva dos meios de produção.
O Estado deverá garantir suficiente capacidade humana, técnica e financeira para poder intervir como investidor, realizando projectos de grande dimensão em sectores estratégicos da actividade económica nacional.
O único valor absoluto na Terra é o Homem e é com ele que há que contar na equacionação e resolução dos problemas.
Somos um partido de esquerda não marxista e continuaremos a sê-lo.
O nosso Povo tem sempre correspondido nas alturas de crise. As elites, as chamadas elites, é que quase sempre o traíram, e nós estamos a ver mais uma vez que o Povo Português foi defraudado da sua boa-fé.
O voto só é perfeitamente democrático se for livre e racional, o que supõe uma igualdade tendencial da informação e do poder económico e social dos eleitores e dos elegíveis.
A Justiça Social
O nosso objetivo prioritário para a prossecução da justiça social é a defesa, se possível, do aumento do poder de compra. Objetivo que, de resto, está em vias de concretização pela contenção da inflação, pela melhoria dos salários reais resultante da baixa do imposto profissional e da baixa do imposto complementar, visto que o passado provou bem que não é com aumentos nominais de salários, corroídos imediatamente pela inflação, que se aumenta o poder de compra.
Os problemas económicos são os que mais nos preocupam: o custo de vida, o desemprego, o bem-estar das pessoas. E também a eficácia administrativa, a organização do Estado no sentido da ordem democrática.
Pouco importa às pessoas saber que têm os direitos reconhecidos em princípio, se o exercício deles lhes é negado na prática.
O Povo está farto de desordem, de anarquia e de projectos utópicos que o matarão à míngua.
Democrata é aquele que pratica a democracia e não aquele que dela apenas se reinvindica.
O regime é liberal em economia, e autoritário e intervencionista em política.
Gosto demasiado da política para me candidatar à Presidência da República. Sou estruturalmente antipresidencialista e sempre entendi que, em democracia, a política deve ter no Parlamento a sua razão e o seu objectivo.
O bem comum é aquele que respeita ao conjunto das pessoas em relação, ou seja, aquilo que a todas é indispensável assegurar para que dada pessoa possa realizar-se na liberdade.
O que há é que impor uma disciplina de actuação do poder económico e dos investimentos, para que ele seja feito com proveito de todos nós e não apenas para os detentores desse poder.