No aspecto do trabalho temos necessariamente que, para defender os trabalhadores, dar possibilidade da revisão de certas leis que paralisam neste momento a vida económica portuguesa.
Passagens de Francisco Sá Carneiro
117 resultadosUm socialismo que respeite a liberdade e a dignidade da pessoa humana e que seja, portanto, nesse aspecto, um socialismo perfeitamente consentâneo com o personalismo, parece-me indispensável no mundo de hoje.
Levanto-me todos os dias antes das oito, faço dez minutos de ginástica diários, enquanto oiço as notícias, leio os jornais todos, porque faz parte do meu trabalho. Nunca trabalho à noite, porque à noite as pessoas divagam.
Todos os órgãos de informação, desde que não sejam propriedade de determinado partido, a todos têm de estar abertos. Nessa matéria são inúmeras as nossas razões de queixa.
Uma democracia que não se defende vigorosamente não tem o direito de sobreviver.
Infelizmente ainda não nos organizámos como país e como povo à medida da exiguidade e pobreza da nossa terra e da grandeza e dignidade da nossa gente.
O que me cansa, o me irrita mesmo, são as desorganizações, o não se cumprirem os horários marcados, os imprevistos que não me é possível controlar.
Com medo do abuso, limita-se o uso, limitação que pode ir à supressão, para tranquilidade do poder, já que, onde liberdade não há, abuso dela não pode haver.
Queremos para o partido aquilo mesmo que defendemos para o país: uma ampla descentralização regional, assente em poderes eficazes dos órgãos locais, eleitos e fiscalizados pelos cidadãos.
Não é na instabilidade, não é no confronto, que o Governo pode desenvolver profícua e eficazmente a sua acção, é na ausência deles.
O PPD nunca foi um partido de patrões (…) Desde o início tivemos adesão de larga camada de trabalhadores que se têm multiplicado na sua acção de implantação do partido.
Interessa que não haja elitismo nem classismo de qualquer espécie no ensino não estatal. Nesse sentido a actividade fiscalizadora do sector público terá de ser cuidadosa.
Portugal Necessita de um Projecto Mobilizador
Portugal necessita de um projecto mobilizador. É tempo de que este país encontre um rumo definido de recuperação e de desenvolvimento. Somos um país pobre em recursos materiais, mas mesmo os poucos que temos estamos a desperdiçá-los. Somos ricos em recursos humanos que se encontram abandonados.
Só com uma política que em matéria de recursos nacionais privilegie a agricultura e as pessoas, que aproveite todas as potencialidades dos serviços e da indústria, conjugada com uma política de investigação científica e tecnológica, com uma política cultural, com uma política de educação, poderemos sair da situação dramática em que nos encontramos.
A Política Cultural
A política cultural deve radicar nos valores e nas realidades portuguesas. A política de educação deve ser não mera repetição, mas inovação, progresso e igualdade de oportunidades para todos. Apolítica de investigação científica e tecnológica deve mobilizar os intelectuais portugueses em conjunto com o Povo, aproveitar todas as potencialidades humanas dos Portugueses, seja qual for o seu estrato social ou o seu setor de trabalho, permitir dar uma esperança nova aos Portugueses. Para isso é necessária a estabilidade política.
O comentário político ou é laudatório ou não vê a luz do dia.
Os ministros, sejam eles quais forem, pertençam a que partido pertencerem, devem vir a esta Assembleia com frequência dar conta dos seus actos.
Não há nada que pague a sinceridade na acção política, como em tudo.