Ao Meu Maior Amigo
Quando eu morrer, eu sei, tu escreverás
Triste soneto Ă morte prematura;
Dirás que a vida cansa em amargura
E, pálido e frio, tu me cantarás.Nas quadras, reflectido se lerá
De como, vĂŁ e breve, a vida expira
E como em terra funda, dura e fria,
A vida, má ou boa, acabará.A seguir, nos tercetos, tu dirás
Que a morte é mistério, tudo fugaz,
Verdadeira, talvez, a vida além.Por fim porás a data, assinarás.
E, relido o soneto, ficarás
Contente por tĂŞ-lo escrito bem.