Corpo
corpo
que te seja leve o peso das estrelas
e de tua boca irrompa a inocĂȘncia nua
dum lĂrio cujo caule se estende e
ramifica para lå dos alicerces da casaabre a janela debruça-te
deixa que o mar inunde os ĂłrgĂŁos do corpo
espalha lume na ponta dos dedos e toca
ao de leve aquilo que deve ser preservadomas olho para as mĂŁos e leio
o que o vento norte escreveu sobre as dunaslevanto-me do fundo de ti humilde lama
e num soluço da respiração sei que estou vivo
sou o centro sĂsmico do mundo