Roma PagĂŁ
Na antiga Roma, quando a saturnal fremente
Exerceu sobre tudo o bĂĄquico domĂnio,
NĂŁo era raro ver nos gozos do triclĂnio
A nudez feminina imperiosa e quente.O corpo de alabastro, olĂmpico e fulgente,
Lascivamente nu, correto e retilĂnio,
Num doce tom de cor, esplĂȘndido e sangĂŒĂneo,
Tinha o assombro da came e a forma da serpente.A luz atravessava em frocos dâoiro e rosa
Pela fresca epiderme, ebĂșrnea e setinosa,
Macia, da maciez dulcĂssima de arminhos.Menos raro, porĂ©m, do que a nudez romana
Era ver borbulhar, em férvida espadana
A pĂșrpura do sangue e a pĂșrpura dos vinhos.