Importuna RazĂŁo, NĂŁo Me Persigas;
Importuna RazĂŁo, nĂŁo me persigas;
Cesse a rĂspida voz que em vĂŁo murmura;
Se a lei de Amor, se a força da ternura
Nem domas, nem contrastas, nem mitigas:Se acusas os mortais, e os nĂŁo abrigas,
Se ( conhecendo o mal ) não dás a cura,
Deixa-me apreciar minha loucura,
Importuna Razão, não me persigas.É teu fim, teu projecto encher de pejo
Esta alma, frágil vĂtima daquela
Que, injusta e vária, noutros laços vejo:Queres que fuja de MarĂlia bela,
Que a maldiga, a desdenhe; e o meu desejo
É carpir, delirar, morrer por ela.