Jornal, longe
Que faremos destes jornais, com telegramas, notĂcias,
anĂșncios, fotografias, opiniĂ”es…?Caem as folhas secas sobre os longos relatos de guerra:
e o sol empalidece suas letras infinitas.Que faremos destes jornais, longe do mundo e dos homens?
Este recado de loucura perde o sentido entre a terra e o céu.De dia, lemos na flor que nasce e na abelha que voa;
de noite, nas grandes estrelas, e no aroma do campo serenado.Aqui, toda a vizinhança proclama convicta:
“Os jornais servem para fazer embrulhos”.E Ă© uma das raras vezes em que todos estĂŁo de acordo.