Só no que sobeja se segura o que basta.
Frases de António Vieira
360 resultadosO livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive.
Os martírios vistos de perto são muito mais feios que de longe.
Para falar ao vento bastam palavras, para falar ao coração são necessárias obras.
Mal é dizer mal, mas depois de o haverdes dito, dizerdes ainda que dizeis bem, é um mal maior sobre outro mal, porque é estar obstinado nele.
Nenhuma coisa desengana a quem quer enganar-se.
Não é amante quem morre porque amou, senão quem amou para morrer.
Nos grandes são mais avultados os erros, porque erram com grandeza e ignoram com presunção.
Esta é a injustiça da fama, que tanto desacredita com o presumido, como ofende com o verdadeiro.
O amor pesa-se na balança da paciência: padecer menos, é amar menos; padecer mais, é amar mais.
O amor depois da perda vê-se na dor; antes dela, no receio.
Não pode haver modo melhor de conhecer a desigualdade das forças que medindo-as.
A esperança satisfaz-se com a medida do que se espera.
A mim não me faz medo o pó que hei-de ser; faz-me medo o que há-de ser o pó.
Nós somos o que fazemos. O que não se faz não existe. Portanto, só existimos nos dias em que fazemos. Nos dias em que não fazemos apenas duramos.
Das obras grandes ou pequenas, das acções generosas ou vis, cada um traz na própria cabeça a verdadeira medida.
No homem o poder é pouco e limitado, e o querer, sempre insaciável e sem limite.
Sendo muito poucos no mundo os homens que podem luzir, aqueles diante dos quais se possa luzir, ainda são muito menos.
Não há poder maior no mundo que o do tempo: tudo sujeita, tudo muda, tudo acaba.
Enquanto Portugal teve homens de “havemos de fazer” (que sempre os teve) não tivemos liberdade, não tivemos reino, não tivemos coroa. Mas tanto que tivemos homens de “quid facimus” (que fazemos), logo tivemos tudo.