O que é o amor? – um conto simples, dito de muitas maneiras.
Frases sobre Contos
33 resultadosAs canções, os relatos, os contos populares, pintam em poucas palavras o que a literatura se limita a amplificar e a disfarçar.
No combate entre um texto apaixonante e seu leitor, o romance ganha sempre por pontos, enquanto o conto deve ganhar por nocaute.
Minha mãe me sugeriu escrever um conto para remediar o tédio de uma convalescença e eu lhe disse que não sabia fazê-lo. Como você sabe isso se nunca tentou?, perguntou-me.
Conto o que fui e vi, no levantar do dia. Auroras.
O interesse seria capaz de fazer negar as mais evidentes proposições da geometria e de fazer crer os contos religiosos mais absurdos.
Os homens temem a morte como as crianças temem ir no escuro; e assim como esse medo natural das crianças é aumentado por contos, assim é o outro.
No conto tudo precisa ser apontado num risco leve e sóbrio: das figuras deve-se ver apenas a linha flagrante e definidora que revela e fixa uma personalidade; dos sentimentos apenas o que caiba num olhar, ou numa dessas palavras que escapa dos lábios e traz todo o ser; da paisagem somente os longes, numa cor unida.
Comecei a escrever pequenos contos logo que me alfabetizaram, e escrevi-os em português, é claro. Criei-me em Recife. […] E nasci para escrever. A palavra é meu domínio sobre o mundo.
Filho! Estou contando a sua história, não a dela. A cada um só conto a história que lhe pertence.
O molho dos contos é a propriedade da linguagem.
Somos contos contando contos, nada.
A escrita não é uma técnica e não se constrói um poema ou um conto como se faz uma operação aritmética. A escrita exige sempre a poesia. E a poesia é um outro modo de pensar que está para além da lógica que a escola e o mundo moderno nos ensinam.
Mas nós, nós que compreendemos a vida, nós não ligamos aos números! Gostaria de ter começado esta história à moda dos contos de fada.
No conto (como em qualquer outro género literário) o mais importante não é o seu conteúdo literário mas a forma como ele nos comove e nos ensina a entender não através do raciocínio mas do sentimento (será que existem estas categorias, assim separadas?).
Evoluímos tanto que já é possível conceber conto de fadas sem fadas e até sem conto.
Faz parte de minha profissão estar mesmo sempre sozinha, sem intérpretes e sem colaboradores. Escute, todas as vezes em que eu acabei de escrever um livro ou um conto, pensei com desespero e com toda a certeza de que nunca mais escreveria nada.
Contar histórias é uma das mais belas ocupações humanas: e a Grécia assim o compreendeu, divinizando Homero que não era mais que um sublime contador de contos da carochinha. Todas as outras ocupações humanas tendem mais ou menos a explorar o homem; só essa de contar histórias se dedica amoravelmente a entretê-lo, o que tantas vezes equivale a consolá-lo. Infelizmente, quase sempre, os contistas estragam os seus contos por os encherem de literatura, de tanta literatura que nos sufoca a vida!
Um livro de contos é um livro ligeiro de emoções curtas: deve portanto ser leve, portátil, fácil de se levar na algibeira para debaixo de uma árvore, e confortável para se ter à cabeceira da cama. Não pode ter o formato dum relatório, que, sendo destinado em definitivo a embrulhar objectos, deve ter de antemão o tamanho cómodo do papel de embrulho; nem pode ter o volume dum calhamaço de erudição histórica, impresso com o fim de ornamentar uma biblioteca.
Política feroz, que sempre armada
De bárbaros pretextos,
À morte horrenda em lúgubre teatro
Dás vítimas sem conto,
Apoucas e destróis a Humanidade,
Afectando mantê-la.