Frases sobre Escrita

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Frases de escrita escritos por poetas consagrados, filósofos e outros autores famosos. Conheça estes e outros temas em Poetris.

Eu não conheço, pela minha parte, de outros caminhos da criação que não sejam os abertos por eles próprios, ou seja, palavra a palavra, pelo próprio processo da escrita.

É certamente verdade que quando era mais nova, a escrita pareceu-me tão importante que eu teria sacrificado quase tudo por isso… porque eu pensava no mundo acerca do qual eu escrevia – o mundo que eu criei – como algo muito mais enormemente vivo que o mundo onde na realidade vivia.

A vida das pessoas move-se por desafios constantes. Aqui há tempos estive a ler uma autobiografia do Graham Greene, em que ele dizia não compreender como é que as pessoas que não escreviam escapavam à melancolia. A escrita é um maravilhoso substituto da depressão.

Acho que o som da música é imprescindível para o ser humano e que o uso da palavra falada e escrita é como a música, duas coisas das mais altas que nos elevam do reino dos macacos, do reino animal.

Voltei – timidamente – ao Ensaio (escrita do «Ensaio sobre a Cegueira»). Modifiquei umas quantas coisas, e o capítulo ficou bastante melhor: a importância que pode ter usar uma palavra em vez de outra, aqui, além, um verbo mais certeiro, um adjectivo menos visível, parece nada e afinal é quase tudo.

Deves escrever, em primeiro lugar, para te agradar a ti próprio. Não deves ter qualquer preocupação em relação a ninguém que possa vir a ler o que escreves. Mas a escrita não pode ser um modo de vida – a parte mais importante da escrita é a vida. Tens que viver de forma que a tua escrita emerja a partir do que vives.

Sou muito consciente do facto que um grande esforço foi feito para destruir a minha mente, porque fui privado de livros, privado de qualquer meio de escrita, privado de companhia humana. Nunca ninguém sabe o que quanto precisa de tudo isto quando está privado destes direitos.

Nunca releio os meus livros. Acho sempre uma experiência dececionante a releitura porque acabo por encontrar coisas que preferia que não estivessem lá, ou por considerar que poderia ter feito melhor em determinadas fases da escrita. Portanto, sustenho-me de os ler.

A solidão da escrita é muito assustadora. Está muito perto da loucura, desaparecemos por um dia e perdemos o contacto.

Um grande livro não é bem o tema e personagens e situações e escrita e tom e tudo o mais que se quiser: é o que sobra disso tudo e se não identifica com nada disso. E todavia tal grande livro é mesmo tudo isso com que se identifica.

O que um escritor nos dá não são livros. O que ele nos dá, por via da escrita, é um mundo. Esse universo nós o ignorávamos, mas existia em nós uma silenciosa lembrança de um fascínio perdido. A luz e sombra da página existiam já adormecidas dentro de nós. A leitura nos dá uma espécie de re-encantamento.

A escrita não é um veículo para se chegar a uma essência. A escrita é a viagem, a descoberta de outras dimensões e de mistérios que estão para além das aparências.