Frases Exclamativas de Florbela Espanca

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Quando me não quiseres mais
Mata-me por piedade!
Deixares-me a vida, sem ti
É bem maior crueldade!

O meu talento!… De que me tem servido? Não trouxe nunca às minhas mãos vazias a mais pequenina esmola do destino.

Sou uma criatura vulgarmente educada, vulgarmente inteligente, vulgarmente cultivada. Tudo vulgar, querida, tudo!

Dizes contentar-te com pouco; é essa, na realidade, a suprema sabedoria mas eu fui sempre a grande revoltada e a grande ambiciosa que só quer a felicidade quando ela seja como um turbilhão que dê a vertigem e que deslumbre!

Mas se eu pudesse, a mágoa que em mim chora, contar, não a chorava como agora, irmãos, não a sentia como sinto!

Quem me dera encontrar o verso puro, O verso altivo e forte, estranho e duro, Que dissesse a chorar isto que sinto!

Quem me dirá se, lá no alto, o céu também é para o mau, para o perjuro? Para onde vai a alma que morreu? Queria encontrar Deus! Tanto o procuro!

Se gostas de mim como até agora me tem parecido, o que tu terás a sofrer com os meus pobres nervos de sensitiva em que as mãos mais delicadas não podem tocar sem a fazer estremecer! Sou duma sensibilidade excessiva, aguda, profundíssima. Tudo me faz mal, e a sombra da frieza é para mim já o insuportável sofrimento.

Apesar de tudo, a loucura não é assim uma coisa tão feia como muita gente julga. Há tantas loucas felizes!

Tanto ódio e tanto amor
Na minha alma contenho;
Mas o ódio inda é maior
Que o doido amor que te tenho

Odeio teu doce sorriso,
Odeio o teu lindo olhar,
E ainda mais a minha alma
Por tanto e tanto te amar!

Mistério das coisas! Em tudo existe
Um coração que sente e que palpita
Desde o sol rubro até à urze triste!

Os mortos são na vida os nossos vivos, andam pelos nossos passos, trazemo-los ao colo pela vida fora e só morrem connosco. Mas eu não queria, não queria que o meu morto morresse comigo, não queria! E escrevi estas páginas…

Filhos são as nossas almas
Desabrochadas em flores;
Filhos, estrelas caídas
No mundo das nossas dores!

Sonho que sou Alguém cá neste mundo… Aquela de saber vasto e profundo, Aos pés de quem a Terra anda curvada!

A morte definitiva ou a morte transfiguradora? Mas que importa o que está para além? Seja o que for, será melhor que o mundo! Tudo será melhor do que esta vida!

Alma demais para viver,
Alegria do meu peito.
Ai tanto sonho perdido,
Ai tanto sonho desfeito!

A sua afeição por mim cega-o completamente: a minha alma – pobre dela! – não é nada do que a sua cegueira de amigo pensa e julga. É apenas um pouco da minha charneca selvagem e triste, da minha charneca por quem ninguém pode nada: não há água…