As telenovelas são muito ricas, muito bonitas, e eu gosto da diversidade. Não sou nada contra o filme comercial. A gente dos filmes comerciais é que é sempre contra o cinema como arte. Mas eu não. Sou apologista da variedade, mesmo no cinema artístico. Penso que a personalidade do realizador é que é a marca da originalidade. Não há outra.
Frases sobre Filmes
66 resultadosOntem vi tudo acabado, meu céu desastrado, medo, solidão, ciúme. Hoje contei as estrelas e a vida parece um filme.
As canções e os poemas ignoram tanto acerca do amor. Como se explica, por exemplo, que não falem dos serões a ver televisão no sofá? Não há explicação. O amor também é estar no sofá, tapados pela mesma manta, a ver séries más ou filmes maus. Talvez chova lá fora, talvez faça frio, não importa. O sofá é quentinho e fica mesmo à frente de um aparelho onde passam as séries e os filmes mais parvos que já se fizeram. Daqui a pouco começam as televendas, também servem.
Antes de ser baleado, sempre suspeitei de estar vendo televisão, em vez de estar vivendo a vida. As pessoas às vezes dizem que a maneira como as coisas acontecem em filmes é irreal, mas na verdade é o modo como as coisas acontecem na vida que é irreal.
Só se o filme se chamasse ‘Instinto Selvagem: Depende’ e fosse filmado num asilo.
Nos filmes, como em qualquer obra de arte, há sempre uma grande parte do subconsciente do artista do qual ele não se dá conta. Por isso, as obras enriquecem com o tempo, a crítica vai descobrindo partes mais ignoradas e as obras ficam mais ricas do que quando saem. Na verdade, o homem não mudou, apenas aquilo que fez: o progresso. A natureza do homem é a mesma: a inveja, a vingança, as paixões ou o amor são manifestações da natureza do homem que não mudaram nada. Há pessoas que, às vezes, mudam de partido. Eu pergunto: também mudam de natureza? Ela é a mesma, e é nela que está todo o bem e o mal do homem.
Eu gostaria de fazer outro filme que nos fizesse rir e chorar e nos fazer sentir bem acerca do mundo em que vivemos. Eu gostaria de fazer qualquer outra coisa que nos pudesse fazer sorrir. Este é um tempo em que precisamos de sorrir mais e é suposto que os filmes de Hollywood façam isso às pessoas que vivem em termpos difíceis.
Você não pode apagar o filme de sua vida, mas pode reeditá-lo.
Todos os meus filmes mostram que, de facto, todos os homens entram em agonia no momento em que chegam ao mundo. Sou um grande lutador contra a morte. Passei a vida a observar a agonia, cada vez com mais experiência, com cada vez mais vontade de mostrá-la. Mas a morte acaba por chegar.
Há (em Portugal) realizadores muitíssimo bons, e devia ser mais desenvolvido e exportado em força, o que dava entrada de dinheiro! Eu dizia, na proporção de um país pequeno, pobre e na situação em que está, que o nosso cinema merecia uma ajuda para que os filmes corressem mundo e fossem também uma entrada económica de resultados.
Os sonhos são o melhor remédio para curar frustrações. Se sólidos, eles podem ter mais eficácia do que anos de psicoterapia. Eles reeditam o filme do inconsciente e ampliam os horizontes do desanimado, fazendo renascer a motivação para recomeçar tudo de novo.
Todos os efeitos especiais pertencem à técnica, não à arte. Para além disto, sugerimos o inacreditável. Onde podemos ir mais longe do que aquilo que somos? Li um realizador dizer que quando apresentava um filme novo, se ouvia que era o filme de um grande realizador, ficava triste. Mas se ouvia que era um grande filme, ficava contente. Isto é evidente: o realizador não deve mostrar-se. Mostra o inconcebível, mas não se mostra a ele próprio.
Um quadro, as personagens de um filme ou de um livro, por mais fora do comum que sejam, foram gerados com base na leitura de elementos contidos na memória do seu autor. E a memória é um produto da nossa carga genética, do útero materno, do ambiente social, do meio educativo e das relações do nosso Eu com a própria mente.
Muitos dos filmes que fiz poderiam provavelmente ter tido bons resultados há 50 anos atrás, e isso porque eu tenho muitos valores considerados ultrapassados.
Hoje vai-se ver filmes cada vez mais à pressa, cada vez com menos atenção, não exatamente predisposto a confiar [na projeção], a não ser nos efeitos especiais e nos efeitos sonoros espetaculares. A projeção já não chega. A crença no cinema está muito diminuída, [e isso] é terrível porque o que há de mais belo no homem é a sua humanidade, a sua capacidade de confiar nos outros, de ver a imagem dos outros.
Sem problemas, que prazer haveria em trabalhar? Cada fase da feitura de um filme apresenta dificuldades, imprevistos; faz parte do nosso trabalho superá-los ou procurar conviver com eles.
Falar sobre sonhos é como falar de filmes, uma vez que o cinema utiliza a linguagem dos sonhos; anos podem passar em um segundo e você pode ir de um local para outro. É uma linguagem feita de imagens. E no verdadeiro cinema, cada objeto e cada luz significa alguma coisa, como em um sonho.
Minha reação aos filmes pornô é esta: depois dos 10 primeiros minutos, quero ir para casa e trepar; depois de 20 minutos, não quero mais trepar o resto da minha vida.
O ruim dos filmes de Far West é que os tiroteios acordam a gente no melhor do sono.
O momento em que choramos num filme não é aquele em que as coisas são tristes mas quando se tornam mais bonitas que aquilo que esperávamos que viessem a ser.