Frases de Florbela Espanca

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Frases de Florbela Espanca. Conheça este e outros autores famosos em Poetris.

Alma demais para viver,
Alegria do meu peito.
Ai tanto sonho perdido,
Ai tanto sonho desfeito!

A sua afeição por mim cega-o completamente: a minha alma – pobre dela! – não é nada do que a sua cegueira de amigo pensa e julga. É apenas um pouco da minha charneca selvagem e triste, da minha charneca por quem ninguém pode nada: não há água…

Eu de tudo me aborreço, não te confessei já? Entusiasmo-me às vezes, mas dura pouco o entusiasmo; isto quanto a sensações e pensamentos, porque com os sentimentos é o contrário, infelizmente para mim.

Eu sou apenas poetisa: poetisa nos versos e miseravelmente na vida, por mal dos meus pecados. Não sei fazer mais nada a não ser versos; pensar em verso e sentir em verso. Predestinações…

A paciência é uma bela virtude muito da minha simpatia, se bem que pouco das minhas relações… Às vezes em 15 dias perde-se para sempre a felicidade ou pelo menos a ocasião dela.

Nasci sensitiva e assim hei-de morrer, muito provavelmente… nós somos o que somos e não o que quereríamos ser; não te parece? Tens que me aceitar como eu sou visto que só assim eu creio que me possam ter amor.

Meu coração, inundado
Pela luz do teu olhar,
Dorme quieto como um lírio,
Banhado pelo luar.

O meu amigo sabe rir, eu não sei rir nem chorar; trago às costas o peso duma floresta inteira, sem saber porquê nem para quê, e caminho sem saber donde vim nem para onde vou. Tudo isto é tão feio e tão sujo e tão triste!

Tenho dois livros: um de prosa, outro de versos, na gaveta, onde provavelmente ficarão todo o resto da minha vida, pois a minha incapacidade perante a vida prática é cada vez maior, e a minha triste qualidade de inadaptável é cada vez mais forte.

Para as traições, para as mentiras, para o que é vil e falso, tem a gente remédio: tem o orgulho; mas para a dor que te faz mal, para essa nenhum remédio há.

Viver sozinha no mundo
É a minha triste sorte.
Ai quem me dera trocá-la
Embora fosse pla morte!

A memória prega-nos destas partidas: leva-nos coisas interessantes e deixa-nos as banalidades, os factos sem interesse.