Não podemos piscar o olho ao público. Se o fizermos estamos lixados. Não obstante, escrevemos para ser lidos. Ninguém, nem mesmo os que escreveram diários em cifra, escreve para não ser lido. Eu escrevo procurando o afecto do leitor, dos escritores, mas sem nunca lhes abrir as pernas. Não me castro em concessões.
Frases sobre Leitores
71 resultadosHá muitos, muitíssimos leitores que não gostam de que se os obrigue a pensar, e que querem que se lhes diga o que já sabem, o que já têm pensado.
Quanto mais silêncio houver num livro, melhor ele é. Porque nos permite escrever o livro melhor, como leitor.
A crítica? Bem vê: nas circunstâncias em que me encontro, a crítica não me poderia ajudar. Ela de resto nunca ajuda um autor. Tende afazer de mediadora entre uma linguagem e um entendimento. Ajudará o leitor.
Este é o prodígio da literatura, poder ser capaz de chegar mais fundo na consciência dos leitores, mesmo falando sobre uma outra coisa.
Não sei como é que os meus leitores conseguem entender aquilo que eu escrevo. Depois de algum tempo, nem eu mesma sei o que queria dizer!
Acho que o escritor deve escrever para a alegria do leitor.
Ler um livro é para o bom leitor conhecer a pessoa e o modo de pensar de alguém que lhe é estranho. É procurar compreendê-lo e, sempre que possível, fazer dele um amigo.
Leitor: co-autor do texto.
Pensem agora, meus vinte e cinco leitores…
Eu quero que o leitor sinta alguma coisa de surpreendente. Não «aquilo que aconteceu» mas a forma como tudo aconteceu. Estes longos pequenos contos que escrevo são a melhor forma de o conseguir, para mim.
O crítico é um leitor que rumina: por isso devia ter mais de um estômago.
Má coisa é fomentar o gosto pela leitura nas crianças. Quando os jovens leitores forem mais crescidos, estarão indefesos perante a vida, que é ágrafa, analfabeta e audiovisual.
A literatura é o universo paralelo da vida.
Em certos casos mais criativa do que ela.
O personagem é a antimatéria do leitor.
O leitor que mais admiro é aquele que não chegou até a presente linha. Neste momento já interrompeu a leitura e está continuando a viagem por conta própria.
O autor só escreve metade do livro. Da outra metade, deve ocupar-se o leitor.
Um leitor inteligente descobre frequentemente nos escritos alheios perfeições outras que as que neles foram postas e percebidas pelo autor, e empresta-lhes sentidos e aspectos mais ricos.
O personagem «leitor» é um personagem curioso, estranho. Ao mesmo tempo que inteiramente individual e com reacções próprias, é tão terrivelmente ligado ao escritor que na verdade ele, o leitor, é o escritor.
Trabalhar um livro até à minúcia de uma palavra. E depois um leitor engolir tudo à pressa para saber ‘de que se trata’. Vale a pena requintar um vinho para se beber como o carrascão?
Como é subtil, milimétrico o desequilíbrio do que escrevemos. Um breve desvio e é logo o insuportável para o leitor. Tudo porque a sua liberdade é o seu mais alto privilégio. E é assim difícil que se nos submeta.