Frases sobre Língua

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Frases de língua escritos por poetas consagrados, filósofos e outros autores famosos. Conheça estes e outros temas em Poetris.

Comparadas entre si, as diferentes línguas mostram que jamais se chega pelas palavras à verdade, nem a uma expressão adequada: não fosse isso, não haveria tão grande número de línguas.

As palavras de uma língua, caro senhor Gorelli,
são uma paleta de cores,
que tanto podem fazer o quadro feio, como podem fazê-lo belo,
segundo a mestria do pintor.

Para mim, ser-me-ia impossível viver fora de Lisboa. Falta-me a língua, falta-me este meu povo, feio, pequenino, com mau gosto, malcriado, não sei quê, mas do qual tenho umas saudades loucas quando estou no meio de gente limpa.

A lua silenciosa passa ignorando os latidos; Assim os homens probos, calmos e honrados sorriem dos insultos e das línguas hipócritas.

Todo o país escravizado por outro ou outros países, tem na mão, enquanto souber ou puder conservar a própria língua, a chave da prisão onde jaz.

Diga-me com quem andas e dir-te-ei [que língua, a nossa!] quem és. Pois é: Judas andava com Cristo. Cristo andava com Judas

A língua das mulheres é a sua espada e têm o cuidado de a não deixarem enferrujar.

Escreve claro quem concebe ou imagina claro; com vigor, quem com vigor pensa, por ser a língua um vestido transparente do pensamento.

Os meus escritores de referência são Montaigne, Cervantes, o padre António Vieira, Gogol e Kafka. O padre António Vieira era um jesuíta do século XVII. Nunca se escreveu na língua portuguesa com tanta beleza como ele o fez.

Nos dias atuais todos nós falamos, se não a mesma língua, uma espécie de linguagem universal. Nao existe um único centro e o tempo perdeu sua coerência. Leste e Oeste, passado e futuro se misturam dentro de nós. Diferentes tempos e espaços se combinam aqui, agora, tudo de uma vez só.

Se Portugal teve valor na história do mundo, não foi no esforço da uniformização, igual a tantos outros. Não foi na imposição de uma língua, de uma religião, de uma raça. A glória do império português não foi o facto de ter sido português contra as nacionalidades que subjugou. Foi ter sido capaz de ser português sem deixar de ser outras coisas. No máximo, foi ter sido português por ter sido tudo menos português. Ou quase tudo.