Refugio-me na loucura porque não me resta o chamado meio-termo do estado de coisas comum. Quero ver coisas novas – e isso eu só conseguirei se não tiver mais medo da loucura.
Frases sobre Medo de Clarice Lispector
52 resultadosErrado é você deixar de fazer alguma coisa com medo do que os outros vão pensar.
Exactamente porque é tão forte em mim a vontade de me dar a algo ou alguém, é que me tornei bastante arisca: tenho medo de revelar o quanto preciso e de como sou pobre. Sou, sim. Muito pobre. Só tenho um corpo e uma alma. E preciso de mais do que isso. Quem sabe se comecei a escrever tão cedo na vida porque, escrevendo, pelo menos eu pertencia um pouco a mim mesma. O que é um fac-símile triste.
Tenho medo de esperar e nada acontecer.
Fico com medo. Mas o coração bate. O amor inexplicável faz o coração bater mais depressa. A garantia única é que eu nasci. Tu és uma forma de ser eu, e eu uma forma de te ser: eis os limites de minha possibilidade.
Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo – quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação.
Não entendo, apenas sinto. Tenho medo de um dia entender e deixar de sentir.
Tenho um pouco de medo: medo ainda de me entregar pois o próximo instante é o desconhecido.
Eu tenho medo do ótimo e do superlativo. Quando começa a ficar muito bom eu ou desconfio ou dou um passo para trás.
Há alguma coisa aqui que me dá medo. Quando eu descobrir o que me assusta, saberei também o que amo aqui
Não tenha medo de meu silêncio… Sou um louco mas guiado dentro de mim por uma espécie de grande sábio.
Mas há a vida que é para ser intensamente vivida, há o amor. Há o amor. Que tem que ser vivido até à última gota. Sem nenhum medo. Não mata.
É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer, porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo.
O tempo tenta sequestrar meu sorriso, mas resisto como uma criança com medo da mãe ao ralar o joelho. Engulo o choro, para não doer mais.
Que medo alegre, o de te esperar.
Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorganização profunda. Não confio no que me aconteceu. Aconteceu-me alguma coisa que eu, pelo fato de não a saber como viver, vivi uma outra?!
Com exceção de uns poucos, todos têm medo de mim como se eu mordesse.
Não tenho medo nem das chuvas tempestivas nem das grandes ventanias soltas. Pois eu também sou o escuro da noite.
Eu não lembrara em dizer que sem o medo já havia o mundo.
Quando uma pessoa é o próprio núcleo, ela não tem mais divergências. Então ela é a solenidade de si própria, e não tem mais medo de consumir-se ao ritual consumidor.