Frases de Milan Kundera

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Frases de Milan Kundera. Conheça este e outros autores famosos em Poetris.

A Armadilha do ódio é que ele nos prende demasiado estreitamente ao adversário. Não posso odiá-los, porque nada me liga a eles: não temos nada em comum.

Torturava-se com recriminações, mas terminou por se convencer de que era no fundo normal que não soubesse o que queria: nunca se pode saber aquilo que se deve querer pois só se tem uma vida e não se pode nem compará-la com as vidas anteriores nem corrigi-la nas vidas posteriores.

Talvez a razão pela qual não sejamos capazes de amar seja porque ansiamos ser amados, isto é, exigimos algo (amor) do nosso parceiro em vez de nos darmos genuinamente a ele sem nada exigir, querendo apenas a sua companhia.

Mas faz alguém que se tenha apaixonado ouvir o ronco do seu estômago, e a unidade de corpo e alma, essa ilusão lírica da idade da ciência, imediatamente cai por terra.

A história é tão leve quanto a vida do indivíduo, insustentavelmente leve, leve como uma pluma, como uma poeira que voa como uma coisa que vai desaparecer amanhã

O homem, essa criatura que aspira ao equilíbrio, compensa o peso do mal com que lhe partem a espinha, com a massa do seu ódio.

O valor de um ser humano reside na capacidade de ir além de ele próprio, de sair de dentro de si próprio, de existir dentro de si próprio e para as outras pessoas.

O movimento dos corpos parecia desenrolar uma longa película-cinematográfica, projetando sobre o rosto, como que sobre a tela de um televisor, um filme cativante cheio de perturbação, de espera, de explosão, de dor, de gritos, de emoção e de raiva.

A vida é a memória do povo, a consciência colectiva da continuidade histórica, a maneira de pensar e de viver.

A partir do momento em que tomamos uma idéia ao pé da letra, a fé transporta essa coisa para o absurdo.

Aquilo que não é necessariamente uma escolha não pode ser considerado como mérito ou como fracasso.

Percebi com espanto que as coisas concebidas pelo engano são tão reais quanto as coisas concebidas pela razão e pela necessidade.

Tomas repete para si mesmo o provérbio alemão: einmal ist keinmal, uma vez não conta, uma vez é nunca. Não poder viver mais do que uma vida é como não viver nunca.

A cultura desaparece numa multidão de produções, numa avalanche de frases, na demência da quantidade.