Frases sobre Palavras

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Frases de palavras escritos por poetas consagrados, filósofos e outros autores famosos. Conheça estes e outros temas em Poetris.

Quem insiste sobre o lado intelectual das religiões esquece-se de que só eleva e só é religiosa no sentido mais profundo da palavra aquela discussão ou disquisição de ideias que assenta sobre uma prévia aceitação.

A ideia de deus que aparece em todas as religiões, me parece a mim, que poderia ser substituída (…), que era muito mais interessante que se visse na palavra, na ideia em que se inspira a palavra deus, por exemplo, a criatividade absoluta. Porque se aparecem as coisas criadas, em que hei-de acreditar, se não existisse a criatividade? Não acha esquisito acreditar que existem coisas criadas e não acreditar na criatividade?

Devem lembrar-se do seguinte: as palavras nunca morrem. Uma vez proferida, uma palavra continua a ressoar como um seixo atirado para um lago. As ondas poleie criadas propagam-se na direção da margem mais afastada. Nesta existência, porém, não há margens, nem orlas, nem fronteiras. Quando dizemos algo, isso permanece para sempre. Continua a ressoar e a ecoar cada vez mais longe.

O processo simples de sentir começa por dar ao organismo o incentivo para se ocupar dos resultados da emoção (o sofrimento começa pelos sentimentos, embora seja realçado pelo conhecer, e o mesmo se pode dizer sobre a alegria). O sentir constitui, também, pedra angular para a etapa seguinte – o sentimento de conhecer que sentimos. Por sua vez, o conhecer é pedra angular para o processo de planeamento de respostas específicas e não estereotipadas que podem, quer complementar uma emoção, quer garantir que os ganhos imediatos obtidos pela emoção possam ser mantidos ao longo do tempo. Por outras palavras «sentir» os sentimentos prolonga o alcance da emoção, ao facilitar o planeamento de formas de respostas adaptativas, originais e feitas à medida da situação.

Beijo pouco, falo menos ainda Mas invento palavras Que traduzem a ternura mais funda E mais cotidiana Inventei, por exemplo, o verbo teadorar Intransitivo: Teadoro, Teodora

A arte de um povo é a sua alma viva, o seu pensamento, a sua língua no significado mais alto da palavra; quando atinge a sua expressão plena, torna-se património de toda a humanidade, quase mais do que a ciência, justamente porque a arte é a alma falante e pensante do homem, e a alma não morre, mas sobrevive à existência física do corpo e do povo.

Porque quando alguém, meu caro, vangloria-se
de ser um homem honrado, depois de dar
a sua palavra, esta deve ser sagrada.

E mesmo que a estrada seja longa, feia ou bela,
custe o que custar, nem que ele tenha de ser morto,
mas a sua palavra deve ser mantida.

Existe amor quando, homem e mulher, se entendem sem dizer uma palavra; quando os olhares transmitem as mesmas emoções; quando há magia no toque das mãos, no contato dos lábios, nas vibrações da pele…

Eu queria escrever luxuoso. Usar palavras que rebrilhassem molhadas e fossem peregrinas. Às vezes solenes em púrpura, às vezes abismais esmeraldas, às vezes leves na mais fina seda macia.

A palavra “ler” vem do latim “legere” e queria dizer “escolher”. Era isso que faziam os antigos romanos quando, por exemplo, selecionavam entre os grãos de cereais. A raiz etimológica está bem patente no nosso termo “eleger”. Ora o drama é que hoje estamos deixando de escolher. Estamos deixando de ler no sentido da raiz da palavra. Cada vez mais somos escolhidos, cada vez mais somos objecto de apelos que nos convertem em números, em estatísticas de mercado.

Sempre com mais medo ao escrever. É incompreensível. Cada palavra torcida nas mãos dos espíritos – este torcer de mãos é o seu gesto característico – torna-se numa lança que se volta contra o orador. Muito especialmente uma observação como esta. E assim «ad infinitum». A única consolação seria: acontece quer gostes quer não. E o que gostas não serve de nada. Mais do que consolação: também tu tens armas.

Se souberes toda a Bíblia exteriormente e as palavras de todos os filósofos, a que serviria tudo isso sem o amor e a graça de Deus?