A tentação de quem desespera de Portugal comparando-o a um outro Portugal melhor, situado num passado irrecuperável ou num futuro impossível, é de deixar, eventualmente, de pensar em Portugal. No entanto, é esse o verdadeiro perigo: Portugal deixar de ser, para os portugueses, o problema doloroso e difícil que sempre foi, para passar a ser um mero paradeiro, um sítio onde se vive.
Frases sobre Perigo
171 resultadosNeste mundo sempre há perigo para aqueles que o temem.
O homem corajoso desatento a seu dever, vale pouco mais a seu país, que o covarde que a deserta na hora de perigo.
A segurança é sobretudo uma superstição. Ela não existe na natureza, nem os filhos dos homens a sentem durante todo o tempo. Evitar o perigo não é mais seguro do que a exposição a este, no longo prazo. A vida é uma aventura ousada ou então não é nada.
Prova-se a virtude de um homem
apenas na hora do perigo.
Não há paixão que não busque o que possa nutrí-la – assim, por exemplo, o medo ama a idéia do perigo.
Jogar a bola pra cima, enquanto ela estiver no alto não há perigo de gol.
Face aos grandes perigos, só a grandeza nos pode salvar.
Muitas vezes precisa ser assim […] quando as coisas correm perigo: alguém tem de desistir delas, perdê-las, para que outros possam tê-las.
Quando não há perigo na luta, não há glória no triunfo.
O verdadeiro amor é um calafrio doce, um susto sem perigos
Se o só não terá quem o levante, também não terá quem o derrube. E maior felicidade é carecer do perigo de quem me derrube, que haver mister o socorro de quem me levante.
Os pescadores sabem que o mar é perigoso e que a tempestade é terrível, mas eles nunca julgaram esses perigos como razão suficiente para permanecer em terra.
Fugir: trocar os perigos e inconveniências de uma residência fixa pela segurança e o conforto da viagem.
Grande perigo o da sociedade quando os maus não podem recorrer à hipocrisia.
Toda a virtude que entre os homens se manifesta, logo que lhes arranca uma admiração, é mais cheia de perigos que um aroma muito sensual, ou um canto muito amoroso. A mais humilde esmola, a chaga de um mendigo que se lava, uma simples consolação, desde que se mencionem, são perigos terríveis para a alma, porque a persuadem da sua caridade e excelência. Pelo bem que semeamos nos outros, só colhemos dentro em nós orgulho – e cada obra da nossa caridade desmancha a obra da nossa humildade.
O medo é um impulso da alma, que se sacode ou cede diante do perigo real ou imaginário.
A ideia que não envolve perigo não chega a ser ideia.
Uma literatura que não respire o ar da sociedade que lhe é contemporânea, que não ouse comunicar à sociedade os seus próprios sofrimentos e as suas próprias aspirações, que não seja capaz de perceber a tempo os perigos morais e sociais que lhe dizem respeito, não merece o nome de literatura: quando muito pode aspirar a ser cosmética.
Por que se explicar Se não existe perigo…