Frases sobre Perigo

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Frases de perigo escritos por poetas consagrados, filósofos e outros autores famosos. Conheça estes e outros temas em Poetris.

A tentação de quem desespera de Portugal comparando-o a um outro Portugal melhor, situado num passado irrecuperável ou num futuro impossível, é de deixar, eventualmente, de pensar em Portugal. No entanto, é esse o verdadeiro perigo: Portugal deixar de ser, para os portugueses, o problema doloroso e difícil que sempre foi, para passar a ser um mero paradeiro, um sítio onde se vive.

O homem corajoso desatento a seu dever, vale pouco mais a seu país, que o covarde que a deserta na hora de perigo.

A segurança é sobretudo uma superstição. Ela não existe na natureza, nem os filhos dos homens a sentem durante todo o tempo. Evitar o perigo não é mais seguro do que a exposição a este, no longo prazo. A vida é uma aventura ousada ou então não é nada.

Não há paixão que não busque o que possa nutrí-la – assim, por exemplo, o medo ama a idéia do perigo.

Muitas vezes precisa ser assim […] quando as coisas correm perigo: alguém tem de desistir delas, perdê-las, para que outros possam tê-las.

Se o só não terá quem o levante, também não terá quem o derrube. E maior felicidade é carecer do perigo de quem me derrube, que haver mister o socorro de quem me levante.

Os pescadores sabem que o mar é perigoso e que a tempestade é terrível, mas eles nunca julgaram esses perigos como razão suficiente para permanecer em terra.

Fugir: trocar os perigos e inconveniências de uma residência fixa pela segurança e o conforto da viagem.

Grande perigo o da sociedade quando os maus não podem recorrer à hipocrisia.

Toda a virtude que entre os homens se manifesta, logo que lhes arranca uma admiração, é mais cheia de perigos que um aroma muito sensual, ou um canto muito amoroso. A mais humilde esmola, a chaga de um mendigo que se lava, uma simples consolação, desde que se mencionem, são perigos terríveis para a alma, porque a persuadem da sua caridade e excelência. Pelo bem que semeamos nos outros, só colhemos dentro em nós orgulho – e cada obra da nossa caridade desmancha a obra da nossa humildade.

Uma literatura que não respire o ar da sociedade que lhe é contemporânea, que não ouse comunicar à sociedade os seus próprios sofrimentos e as suas próprias aspirações, que não seja capaz de perceber a tempo os perigos morais e sociais que lhe dizem respeito, não merece o nome de literatura: quando muito pode aspirar a ser cosmética.