Frases sobre Próprio de Fernando Pessoa

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Frases de próprio de Fernando Pessoa. As mais belas frases e mensagens de Fernando Pessoa para ler e compartilhar.

O homem não deve poder ver a sua própria cara. Isso é o que há de mais terrível. A Natureza deu-lhe o dom de não a poder ver, assim como a de não poder fitar os seus próprios olhos.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É saber falar de si mesmo. É não ter medo dos próprios sentimentos

Pensar é destruir. O próprio processo do pensamento o indica para o mesmo pensamento, porque pensar é decompor.

Para uma coisa se compreender é preciso estar fora de si: e o único ser que está também fora de si próprio é Deus, que é mais do que é.

O orgulho é a consciência (certa ou errada) do nosso próprio mérito, a vaidade, a consciência (certa ou errada) da evidência do nosso próprio mérito para os outros.

Porque dar valor ao próprio sofrimento põe-lhe o ouro de um sol do orgulho. Sofrer muito pode dar a ilusão de ser o Eleito da Dor.

O próprio viver é morrer, porque não temos um dia a mais na nossa vida que não tenhamos, nisso, um dia a menos nela.

Nada revela mais uma incapacidade fundamental para o exercício do comércio que o hábito de concluir o que os outros querem sem estudar os outros, fechando-nos no gabinete da nossa própria cabeça.

Se há facto estranho e inexplicável é que uma criatura de inteligência e sensibilidade se mantenha sempre sentada sobre a mesma opinião, sempre coerente consigo própria.

A literatura, como toda a arte, é uma confissão de que a vida não basta. Talhar a obra literária sobre as próprias formas do que não basta é ser impotente para substituir a vida.

Vejo em, tudo, de facto, não o abstracto mas o não-concreto: é esta a natureza da minha abstracção de espírito — não o infinito mas o não-finito. Desta maneira eu, que me dedicava sempre à pura abstracção, não via senão os objectos em si próprios. Tenho medo de tudo, é verdade, mas não de todas as maneiras, apenas duma maneira só, isto é, abstracta e sonhadoramente, como na consciência do opiómano.

Contentar-se com o que lhe dão é próprio dos escravos. Pedir mas é próprio das crianças. Conquistar mais é próprio dos loucos porque toda a conquista é (…)

O ambiente é a alma das coisas. Cada coisa tem uma expressão própria, e essa expressão vem-lhe de fora.

Na verdade, não possuímos mais que as nossas próprias sensações; nelas, pois, que não no que elas vêem, temos que fundamentar a realidade da nossa vida.