O que é ler um romance? É pensar que a narrativa é verdadeira e fazer crer que havia uma mulher que se chamava Madame Bovary e um homem que se chamava Raskolnikov. A sanidade mental consiste em fazer que o leitor deixe o romance com aquela sensação que [Samuel] Coleridge chamava a ‘suspensão da descrença’.
Frases sobre Romances
105 resultadosA única obrigação que um romance deve cumprir desde o início, sem incorrer na acusação de arbitrariedade, é a de ser interessante.
Existem romances imperdoáveis, quase todos os romances contemporâneos são imperdoáveis. Como é imperdoável a maioria dos poemas portugueses deste século. A bem dizer não há nada.
Quando alguém está apaixonado, começa por enganar-se a si mesmo e acaba por enganar os outros. É o que o mundo chama romance.
Leio romances desde que perceba que não estão a responder. Alguns são extraordinárias máquinas interrogativas: “Ulisses”, “Filhos e Amantes”, “O Doutor Fausto”, “O Processo”, “A Morte de Virgílio”,”O Som e a Fúria”,”Debaixo do Vulcão”, “A Obra ao Negro”, “Lolita”…
O estilo não é a roupa, mas a pele de um romance. Faz parte da sua anatomia como as entranhas.
Ninguém escreve um diário para dizer quem é. Por outras palavras, um diário é um romance com uma só personagem. Por outras palavras ainda, e finais, a questão central sempre suscitada por este tipo de escritos é, assim creio, a da sinceridade.
Há certas mulheres que influem sobre certos homens como o sol da zona ardente. (…) Hoje, graças aos romances, são quase todas.
O romance torna a realidade ainda mais irreal.
Cada ser humano possui uma beleza física e psíquica original e particular. Aprenda diariamente a ter um caso de amor com a pessoa bela que você é, desenvolva um romance com a sua própria história.
Romances de luxúria e violência, que se supõem modernos, são plagiados do Antigo Testamento.
Não é um disparate passar seis ou oito meses a escrever um romance, quando nas livrarias se podem comprar a dois dólares?
Assim começam todos os amores: assim vai até ao altar a menina que se casa; acompanham-a até lá quiméricas legiões de espíritos lúcidos, cujas asas se enlaçam, para a embalarem num coxim ideal de aspirações e santos desejos. E, depois, é muito triste vê-la, passados dois meses, a fazer um rol de roupa suja, a acertar a gravata do marido, que vai ver o cambio, ou, oh essência do materialismo! a pregar um botão nas calças conjugais! Esta é a ordem do mundo, leitores! Cinjamos os rins de silício, cubramo-nos de saco, e baixemos a cabeça ao mundo conveniente, qual ele é, porque o método é uma necessidade prima, até no romance.
Mostrem-me um romance fantástico sobre Chernobyl – não existe nenhum! Porque a realidade é sempre mais fantástica.
Num romance, basta eliminarmos duas ou três palavras numa página para que tudo mude.
Eu adoro o secretismo de escrever ficção. Quando escrevo um romance, não digo a ninguém o que estou a fazer, estou a viver no meu mundo privado. E é uma sensação incrível.
Minha vida não foi um romance. Nunca tive até hoje um segredo. Se me amas, não digas, que morro De surpresa, De encanto, De medo…
A parte de romance que a História contém é visível; menos visível é a parte histórica.
Provavelmente não sou um romancista; provavelmente eu sou um ensaísta que precisa de escrever romances porque não sabe escrever ensaios.
Como num romance O homem dos meus sonhos Me apareceu no dancing Era mais um Só que num relance Os seus olhos me chuparam Feito um zoom