É só quando esquecemos todos os nossos conhecimentos é que começamos a saber.
Frases sobre Saber de Clarice Lispector
20 resultadosÉ preciso antes saber, depois esquecer. Só então se começa a respirar livremente.
O que importa afinal, viver ou saber que se está vivendo?
Perder-se significa ir achando e nem saber o que fazer do que se for achando.
Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorganização profunda. Não confio no que me aconteceu. Aconteceu-me alguma coisa que eu, pelo fato de não a saber como viver, vivi uma outra?!
Gostaria mesmo que você me visse e assistisse a minha vida sem eu saber, ver o que pode suceder quando se pactua com a comodidade da alma.
Queria saber: depois que se é feliz o que acontece? O que vem depois?
Possuir cada momento, ligar a consciência a eles, como pequenos filamentos quase imperceptíveis mas fortes. É a vida? Mesmo assim ela me escaparia. Outro modo de captá-la seria viver. Mas o sonho é mais complexo que a realidade, esta me afoga na inconsciência. O que importa afinal: viver ou saber que se está vivendo?
Muitas coisas você só tem se for autodidacta, se tiver a coragem de ser. Em outras, terá que saber e sentir a dois.
Eu presto atenção só por prestar atenção: no fundo eu não quero saber.
Gastar a vida é usá-la ou não usá-la? Que é que estou exactamente querendo saber?
Quem não sabe o que é jamais chegará a saber. Há coisas que não se aprendem.
Para falar a verdade, nunca estive tão bem. Por quê? Não quero saber por quê.
É necessário certo grau de cegueira para poder enxergar determinadas coisas. É essa talvez a marca do artista. Qualquer homem pode saber mais do que ele e raciocinar com segurança, segundo a verdade. Mas exactamente aquelas coisas escapam à luz acesa. Na escuridão tornam-se forforescentes.
Vocação é diferente de talento. Pode-se ter vocação e não ter talento, isto é, pode-se ser chamado e não saber como ir.
Quero saber o que mais, ao perder, eu ganhei. Por enquanto não sei: só ao me reviver é que vou viver.
Ê egoísta e cobiçosa. Não larga as pessoas em parte por amor, em parte por não saber romper.
Aliás uma pergunta que me fez: o que mais me importava – se a maternidade ou a literatura. O modo imediato de saber a resposta foi eu me perguntar: se tivesse de escolher uma delas, que escolheria? A resposta era simples: eu desistiria da literatura. Nem tem dúvida que como mãe sou mais importante do que como escritora.
Descobri que eu preciso não saber o que penso – se eu ficar consciente do que penso, passo a não poder mais pensar, passo a só me ver pensar.
Vou perder o resto do medo de mau-gosto, vou começar meu exercício de coragem, viver não é coragem, saber que se vive é a coragem.