O amor tem que ser um egoísmo a dois.
Passagens de Germaine de Staël
57 resultadosO sacramento do matrimónio não apaga, como o do baptismo, as manchas originais.
O mal que podem fazer os maus livros só é corrigido pelos bons; os inconvenientes das luzes são evitados por luzes de um grau mais elevado.
A conquista é um acaso que talvez dependa mais das falhas dos vencidos do que do génio do vencedor.
É pelos defeitos que podemos governar os que nos amam.
Uma Constituição que faça entrar nos seus elementos a humilhação do soberano ou do povo, deve, precisamente, ser derrubada por um deles.
A consciência é uma pequena lanterna que a solidão acende à noite.
Sinto-me feliz por não ser homem, porque, se o fosse, teria de casar com uma mulher.
Um político de génio, quando se encontra à frente dos negócios públicos, deve trabalhar para não se tornar indispensável.
Só se pode conversar duas horas com uma mulher quando se lhe diz sempre a mesma coisa.
As ideias novas desagradam às pessoas de idade; elas gostam de se convencer de que, depois de haverem deixado de ser novas, o mundo, em vez de se enriquecer, só se perdeu.
A maior parte das mulheres que escrevem as suas memórias, só se pintam em busto.
Um homem pode talvez desafiar a opinião pública; pelo contrário, uma mulher deve submeter-se-lhe sempre.
Quanto mais independentes formos, devido à fortuna, tanto mais escravizados seremos pelos sentimentos e pelos deveres.
O Prazer da Conversação
O tipo de bem-estar proporcionado por uma conversação animada não consiste propriamente no assunto da conversação; nem as idéias nem os conhecimentos que ali podem ser desenvolvidos são o seu principal interesse. Importa uma certa maneira de agir uns sobre os outros, de ter um prazer recíproco e rápido, de falar tão logo se pense, de comprazer-se imediatamente consigo mesmo, de ser aplaudido sem esforço, de manifestar o seu espírito em todas as nuances pela entoação, pelo gesto, pelo olhar, enfim, de produzir à vontade como que uma espécie de electricidade que solta faíscas, aliviando uns do próprio excesso da sua vivacidade e despertando outros de uma apatia dolorosa. (…) Bacon disse que “a conversação não era um caminho que conduzia à casa, mas uma vereda por onde se passeava prazerosamente ao acaso”.
Quando uma existência digna preparou a velhice, não é a decadência o que ela recorda, mas os primeiros dias de imortalidade.
Compreender é perdoar.