Cuidado com a tristeza. Ela é um vício.
Passagens de Gustave Flaubert
101 resultadosA palavra é um laminador que alonga sempre os sentimentos.
A morte talvez não tenha mais segredos a nos revelar que a vida.
A estupidez não está de um lado e o espírito do outro. É como o vício e a virtude; sagaz é quem os distingue.
Ele andava à roda no seu desejo como o preso no cárcere.
Ser estúpido, egoísta e ter boa saúde são três requisitos para a felicidade, mas se a estupidez faltar está tudo perdido.
Eu não tenho nenhuma coragem, mas procedo como se a tivesse, o que talvez venha dar ao mesmo.
Não desculpo de modo algum aos homens de acção que não vençam, uma vez que o êxito é a única medida do seu mérito.
Tinha essa inexprimível beleza que resulta da alegria, do entusiasmo, do êxito, e que nada mais é que a harmonia do temperamento com as circunstâncias.
À medida que nos elevamos na escala dos seres, a capacidade nervosa aumenta, ou seja, a capacidade de sofrer. Sofrer e pensar seriam então a mesma coisa ?
O cúmulo do orgulho é desprezar-se a si próprio.
Devemos estar à altura do destino – devemos ser, portanto, impassíveis como ele.
O dever é sentir o que é grande, querer o que é belo, e não aceitar todas as convenções da sociedade, com as ignomínias que ela nos impõe.
O sucesso é uma consequência e não um objectivo.
Alguns detalhes se desvaneceram, mas a saudade permaneceu.
Comecemos atrevidamente, que é o mais seguro.
O coração é uma riqueza que não se vende nem se compra. Presenteia-se.
Quantas Loucuras há num Homem!
Há tantos amores na vida de um homem! Aos quatro anos, ama-se os cavalos, o sol, as flores, as armas que brilham, os uniformes de soldado; aos dez, ama-se a menina que brinca connosco.; aos treze, ama-se uma mulher de colo túrgido, porque me lembro de que o que os adolescentes amam loucamente é um colo de mulher, branco e mate, e como diz Marot:
Tetin refaict plus blanc qu’un oeuf
Tetin de satin blanc tout neuf.Quase me senti mal quando vi pela primeira vez os seis desnudados de uma mulher. Por fim, aos catorze ou quinze anos, ama-se uma jovem que vem a nossa casa, e que é um pouco mais que uma irmã, menos que uma amante; depois, aos dezasseis anos, ama-se uma outra mulher, até aos vinte e cinco; depois, talvez se ame a mulher com quem casamos. Cinco anos mais tarde, ama-se a dançarina que faz saltar o seu vestido sobre as suas coxas carnudas; por fim, aos trinta e seis, ama-se a deputação, a especulação, as honrarias; aos cinquenta, ama-se o jantar do ministro ou do presidente da câmara; aos sessenta, ama-se a prostituta que nos chama através dos vidros e a quem se lança um olhar de impotência,
Nada é mais humilhante do que ver os tolos vencer naquilo em que fracassámos.
Eu estou a morrer, mas aquela puta da Madame Bovary viverá para sempre.