As Nossas Ideias Ou As Dos Outros
Todos os homens vivem e agem, em parte, segundo as suas próprias ideias e, em parte, segundo as ideias alheias. Uma das principais diferenças que existem entre os seres humanos consiste na medida em que se inspiram nas suas próprias ideias ou nas dos seus semelhantes. Uns limitam-se a servir-se das suas ideias como de um jogo intelectual, usam a razão como a roda de uma máquina da qual houvessem tirado a correia transmissora, submetendo os actos às ideias dos outros, ou seja, aos seus costumes, tradições e leis. Outros consideram que as suas ideias constituem o principal motor da actividade que desenvolvem e quase sempre obedecem às exigências da sua razão. Só de vez em quando, depois de uma apreciação crítica, se guiam pelas normas dos outros.
Passagens de Liev Tolstói
137 resultadosAntes de dar ao povo sacerdotes, soldados e maestros, sería oportuno saber se ele não está morrendo de fome.
Os ricos farão de tudo pelos pobres, menos descer de suas costas.
Não há condições de vida às quais um homem não pode se acostumar, principalmente se ele vê que essas condições são aceitas por todos a seu redor.
É absurdo não aceitarmos a vida como ela é, deixarmo-nos dominar pelo passado. Há que lutar para viver melhor, muito melhor.
A tristeza pura e completa é tão impossível quanto a felicidade pura e completa.
A amizade desenvolve a felicidade e reduz o sofrimento, duplicando a nossa alegria e dividindo a nossa dor. A alegria de fazer o bem é a única felicidade verdadeira
As grandes obras de arte somente são grandes por serem acessíveis e compreendidas por todos.
O inverossímil em matéria de sentimentos é o sinal mais seguro da verdade.
Deve valorizar-se a opinião dos estúpidos: são a maioria.
O homem pode ignorar que tem uma religião, como pode também ignorar que tem um coração; mas sem religião e sem coração, não pode viver.
Há Muitas Religiões, Mas o Espírito é Único
– Que religião é a tua? – perguntou um homem de certa idade, que estava num extremo da balsa, junto do seu carro.
– Não tenho nenhuma religião. Porque não creio em ninguém mais do que em mim mesmo – replicou o velho com ar resoluto.
– Como pode uma pessoa crer em si mesma ? Pode enganar-se – objectou Nekliudov, intervindo na conversa.
– Nunca! – exclamou o velho abanando a cabeça.
– Porque há então diferentes religiões ?- interrogou Nekliudov.
– Porque as pessoas crêem precisamente nessas religiões e não crêem em si mesmas. Também eu acreditei nos outros e perdi-me como numa floresta. Estava tão confuso que julguei não poder mais encontrar o caminho. Conheci múltiplas religiões diferentes. Todas se louvam a si mesmas. Todas se foram propagando, tal como uns carneiros cegos arrastam outros consigo. Há muitas religiões, mas o espírito é único. É o mesmo em ti, em vós e em mim. Assim, pois, cada um de nós tem de acreditar no seu espírito, e deste modo todos estamos unidos.
Os atos de uma pessoa tornam-se a sua vida, tornam-se o seu destino. Tal é a lei da nossa vida.
A alegria de fazer o bem é a única felicidade verdadeira.
Cada um viveu tanto, quanto amou.
Minha religião é o amor a todos os seres vivos.
A mulher que não sabe ser feliz em casa não será nunca feliz.
A ciência, que devia ter por fim o bem da humanidade, infelizmente concorre na obra de destruição e inventa constantemente novos meios de matar o maior número de homens no tempo mais curto.
O lugar que ocupamos é menos importante do que aquele para o qual nos dirigimos.
As famílias felizes parecem-se todas; as famílias infelizes são infelizes cada uma à sua maneira.