Quem não crê é como um cego… não vai ver NUNCA !
Passagens de Marco Aurélio
166 resultadosTenha poucas ocupações, diz o sábio, se quiser levar uma vida tranqüila.
Bem mais graves são os efeitos produzidos em nós pela ira e pela dor, com os quais reagimos às coisas, do que aqueles produzidos pelas coisas em si, pelos quais nos encolerizamos e sofremos.
Muitas vezes erra não apenas quem faz, mas também quem deixa de fazer alguma coisa.
Como o fogo os sentimentos precisam ser alimentados… mantidos… uns com mais intensidade outros com menos… uns para brilhar… outros para aquecer, simplesmente, a alma.
Quantos homens, outrora célebres, foram devorados pelo esquecimento! E quantos já desapareceram, dos que os celebravam.
O Justo Valor das Coisas Presentes
Não julgues as coisas ausentes como presentes; mas entre as coisas presentes pondera as de mais preço e imagina com quanto ardor as buscarias se não as tivesses à mão. Mas ao mesmo tempo toma cuidado, não seja caso que ao deliciares-te assim nas coisas presentes te habitues a sobrestimá-las; procedendo assim, se um dia as viesses a perder, davas em louco rematado.
Os dispostos se atraem !
Deus existe pelo simples fato de o termos em nossos corações.
Só se conhece verdadeiramente uma pessoa morando debaixo do mesmo teto com ela. Entretanto, há pessoas que ainda nos surpreende pois tem algumas que vivem em várias casas
Brilha o sol; brilha a oportunidade de viver brilhando.
Pensamento em Boa Forma
Cumpre-nos não só averiguar porque se gasta a vida, dia após dia, e o pouco que resta à proporção vai diminuindo. Pensemos também no seguinte: supondo que a um homem toque viver longa vida, uma questão permanece escura: a de saber se a sua inteligência será capaz, tempo adiante, sem defecção, de compreender os problemas e a teoria que apontam ao conhecimento das coisas divinas e humanas. Se ele pega a cair em estado de infantilidade, a respiração, a alimentação, a imaginação, os gestos impulsivos e as outras funções do mesmo género não lhe faltarão necessariamente; mas dispor de si, obtemperar exactamente a todas as exigências morais, analisar as aparências, ver se não será já tempo de entrouxar e ir para melhor estão à altura de responder a necessidades desta ordem – para tudo isso se necessita de um raciocínio em boa forma; e o raciocínio, há que tempos perdeu a chama e a agudeza. Cumpre-nos pois andar ligeiros, não só porque a morte se avizinha a cada momento mas ainda porque antes de morrer perdemos a capacidade de conceber as coisas e de lhes prestar atenção.
O amor, em si mesmo, não é complexo mas não existe maior complexidade do que exercitá-lo… pô-lo em prática.
Controle da Alma
Lembra o retiro que te oferece esse pequeno domínio que és tu mesmo; acima de tudo, não te inquietes nem te oponhas, mas permanece livre e encara as coisas virilmente, como homem, como cidadão, como mortal. E, naquilo em que meditares mais frequentemente, estejam presentes estas duas verdades fundamentais: uma, que as coisas não afectam a alma, mas permanecem imóveis, fora dela, e as nossas perturbações resultam unicamente da opinião interior que a alma delas forma; outra, que tudo quanto contemplas mudará dentro de um instante e não mais existirá. Pensa em quantas mudanças já assististe. O cosmos é mutação; a vida, opinião.
Se suprimires a tua opinião sobre aquilo que te parece causar sofrimento, alcançarás perfeita segurança. Tu, quem? A razão. Mas eu não sou apenas razão. Seja. Então, que a razão não se perturbe a si mesma. Mas se outra parte de ti sofrer, que ela opine sobre si própria.
A imperfeição em si mesma não existe; existe ela, tão somente, para provocar o desejo de se ter alguma perfeição.
Quem mostra que é humilde, definitivamente, nada tem de humildade.
Os homens existem uns para os outros; logo, ou instrua-os ou suporta-os.
Nada de desgosto, nem de desânimo; se acabas de fracassar, recomeça.
Mudar de opinião e seguir quem te corrige é também o comportamento do homem livre.
O Natural e Vantajoso
É uma crueldade impedir os homens de se lançarem àquilo que lhes parece natural e vantajoso! E, contudo, de certo modo, és tu que os não deixas agir assim quando te estomagas com as faltas que eles cometem. Nelas se precipitam como se fossem coisas naturais e vantajosas. – Mas não o são! – Nesse caso instrui-os, faz-lhes ver isso, mas não aos berros.