Todo sistema de educação é uma maneira política de manter ou de modificar a apropriação dos discursos, com os saberes e os poderes que eles trazem consigo.
Passagens de Michel Foucault
19 resultadosA alma, prisão do corpo.
Não há angústia, nem fantasia por trás da felicidade, é esta que não toleramos mais
As luzes que descobriram as liberdades inventaram também as disciplinas
A disciplina é um princípio de controle da produção do discurso. Ela lhe fixa os limites pelo jogo de uma identidade que tem a forma de uma reatualização permanente das regras.
A psicologia nunca poderá dizer a verdade sobre a loucura, pois é a loucura que detém a verdade da psicologia.
O discurso não é simplesmente aquilo que traduz as lutas ou os sistemas de dominação, mas aquilo porque, pelo que se luta, o poder do qual nos queremos apoderar.
Pois toda felicidade não é mais, talvez, que felicidade de expressão.
Os problemas da loucura giram ao redor da materialidade da alma.
Chamamos de loucura essa doença dos órgãos do cérebro…
Não me pergunte quem sou e não me diga para permanecer o mesmo.
De homem a homem verdadeiro, o caminho passa pelo homem louco.
O novo não está no que é dito, mas no acontecimento de sua volta.
Édipo não se cegou por culpa, mas por excesso de informação.
Existem momentos na vida onde a questão de saber se se pode pensar diferentemente do que se pensa, e perceber diferentemente do que se vê, é indispensável para continuar a olhar ou a refletir.
A heresia e a ortodoxia não derivam de um exagero fanático dos mecanismos doutrinários, elas lhes pertencem fundamentalmente.
A ordem é ao mesmo tempo aquilo que se oferece nas coisas como sua lei interior,a rede secreta segundo a qual elas se olham de algum modo umas às outras e aquilo que só existe através do crivo de um olhar, de uma atenção, de uma linguagem…
O Poder do Discurso
Por mais que aparentemente o discurso seja pouco importante, as interdições que o atingem logo e depressa revelam a sua ligação com o desejo e com o poder. E o que há de surpreendente nisso, já que o discurso – como a psicanálise nos demostrou – não é simplesmente o que manifesta (ou oculta) o desejo; é também o que é o objecto do desejo; e já que – a história não cessa de nos indicar – o discurso não é simplesmente o que traduz as lutas ou os sistemas de dominação, mas aquilo por que, aquilo pelo que se luta, o poder do qual procuramos apoderar-nos.
A ficção consiste não em fazer ver o invisível, mas em fazer ver até que ponto é invisível a invisibilidade do visível.