O céu é o limite.
Passagens de Miguel de Cervantes
95 resultadosAndar por terras distantes e conversar com diversas pessoas torna os homens ponderados.
O amor não é senão o desejo; e assim, o desejo é o princípio original de que todas as nossas paixões decorrem, como os riachos da sua origem; por isso, sempre que o desejo de um objecto se acende nos nossos corações, pomo-nos a persegui-lo e a procurá-lo e somos levados a mil desordens.
O soldado melhor parece morto na batalha, do que livre na fuga.
Se, por vezes, o juiz deixar vergar a vara da justiça, que não seja sob o peso das ofertas, mas sob o da misericórdia.
Os agravos despertam a cólera nos peitos mais humildes.
Se o poeta fosse casto nos seus costumes, os seus versos também o seriam. A pena é a língua da alma: como forem os conceitos que nela se conceberem, assim serão os seus escritos.
Perde a estima o que pouco custa.
Enquanto se ameaça, descansa o ameaçado.
Onde há música não pode haver coisa má.
Quem lê muito e anda muito, vai longe e sabe muito.
A formosura da alma campeia e denuncia-se na inteligência, na honestidade, no recto procedimento, na liberalidade e na boa educação.
As desgraças buscam o desgraçado mesmo que ele se esconda nos cantos mais remotos da terra.
Nos perigos graves, atropela-se toda a razão.
A virtude é mais perseguida pelos maus do que amada pelos bons.
As obras que se fazem depressa nunca são terminadas com a perfeição devida.
Contra quem cala não há castigo nem resposta.
Contra o calar não há castigo nem resposta.
Não pode haver educação onde não há discrição.
Onde intervêm o favor e as doações, abatem-se os obstáculos e desfazem-se as dificuldades.