Passagens sobre Nobres

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Quando se ama uma mulher, ou ela se deixa erguer um trono de domínio na alma, e então o homem ama por desejo e gratidão; ou ela repele os afectos do que a requesita, e então é nobre o deixá-la na livre escolha de quem lhe apraz.

A Senhora de Brabante

Tem um leque de plumas gloriosas,
na sua mĂŁo macia e cintilante,
de anéis de pedras finas preciosas
a Senhora Duquesa de Brabante.

Numa cadeira de espaldar dourado,
Escuta os galanteios dos barões.
— É noite: e, sob o azul morno e calado,
concebem os jasmins e os corações.

Recorda o senhor Bispo acções passadas.
Falam damas de jĂłias e cetins.
Tratam barões de festas e caçadas
à moda goda: — aos toques dos clarins!

Mas a Duquesa é triste. — Oculta mágoa
vela seu rosto de um solene véu.
— Ao luar, sobre os tanques chora a água…
— Cantando, os rouxinĂłis lembram o cĂ©u…

Dizem as lendas que SatĂŁ vestido
de uma armadura feita de um brilhante,
ousou falar do seu amor florido
Ă  Senhora Duquesa de Brabante.

Dizem que o ouviram ao luar nas águas,
mais louro do que o sol, marmĂłreo, e lindo,
tirar de uma viola estranhas mágoas,
pelas noites que os cravos vĂŞm abrindo…

Dizem mais que na seda das varetas
do seu leque ducal de mil matizes…

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Carta ao Mar

Deixa escrever-te, verde mar antigo,
Largo Oceano, velho deus limoso,
Coração sempre lyrico, choroso,
E terno visionario, meu amigo!

Das bandas do poente lamentoso
Quando o vermelho sol vae ter comtigo,
– Nada Ă© mais grande, nobre e doloroso,
Do que tu, – vasto e humido jazigo!

Nada Ă© mais triste, tragico e profundo!
Ninguem te vence ou te venceu no mundo!…
Mas tambem, quem te poude consollar?!

Tu Ă©s Força, Arte, Amor, por excellencia! –
E, comtudo, ouve-o aqui, em confidencia;
– A Musica Ă© mais triste inda que o Mar!

Todas as Ideologias Profissionais SĂŁo Nobres

Todas as ideologias profissionais são nobres: os caçadores, por exemplo, nunca sonhariam em se denominar carniceiros da floresta, afirmando, pelo contrário, a sua condição de legítimos amigos dos animais e da natureza; do mesmo modo, os comerciantes defendem o princípio do lucro honesto e os ladrões, por sua vez, adoptaram como seu o deus dos comerciantes, o distinto promotor das relações internacionais, Mercúrio. Não adianta muito, por isso, acreditar na imagem que uma determinada actividade assume na consciência daqueles que a exercem.

Porque «nenhum homem é uma ilha», também nós não somos homens de pedra que não se emocionam com as nobres paixões do amor, amizade e compaixão humana.

O Meu Carácter

Cumpre-me agora dizer que espécie de homem sou. Não importa o meu nome, nem quaisquer outros pormenores externos que me digam respeito. É acerca do meu carácter que se impõe dizer algo.
Toda a constituição do meu espírito é de hesitação e dúvida. Para mim, nada é nem pode ser positivo; todas as coisas oscilam em torno de mim, e eu com elas, incerto para mim próprio. Tudo para mim é incoerência e mutação. Tudo é mistério, e tudo é prenhe de significado. Todas as coisas são «desconhecidas», símbolos do Desconhecido. O resultado é horror, mistério, um medo por de mais inteligente.
Pelas minhas tendĂŞncias naturais, pelas circunstâncias que rodearam o alvor da minha vida, pela influĂŞncia dos estudos feitos sob o seu impulso (estas mesmas tendĂŞncias) – por tudo isto o meu carácter Ă© do gĂ©nero interior, autocĂŞntrico, mudo, nĂŁo auto-suficiente mas perdido em si prĂłprio. Toda a minha vida tem sido de passividade e sonho. Todo o meu carácter consiste no Ăłdio, no horror e na incapacidade que impregna tudo aquilo que sou, fĂ­sica e mentalmente, para actos decisivos, para pensamentos definidos. Jamais tive uma decisĂŁo nascida do autodomĂ­nio, jamais traĂ­ externamente uma vontade consciente. Os meus escritos,

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A curiosidade de um mente nobre sinceramente cessa onde o amor pela verdade não a encoraja a ir além e o amor pelo seu semelhante a convida a parar.

Carpe Diem

Que faço deste dia, que me adora?
Pegá-lo pela cauda, antes da hora
Vermelha de furtar-se ao meu festim?
Ou colocá-lo em música, em palavra,
Ou gravá-lo na pedra, que o sol lavra?
Força é guardá-lo em mim, que um dia assim
Tremenda noite deixa se ela ao leito
Da noite precedente o leva, feito
Escravo dessa fĂŞmea a quem fugira
Por mim, por minha voz e minha lira.

(Mas já se sombras vejo que se cobre
Tão surdo ao sonho de ficar – tão nobre.
Já nele a luz da lua – a morte – mora,
De traição foi feito: vai-se embora.)

Amor Sem Fruto, Amor Sem Esperança

Amor sem fruto, amor sem esperança
É mais nobre, mais puro,
Que o que, domando a ríspida esquivança,
Jaz dos agrados nas prisões seguro.
Meu leal coração, constante e forte,
Vendo a teu lado acesos,
Flérida ingrata, os ódios, os desprezos,
O rigor, a tristeza, a raiva, a morte,
Forjando contra mim, por ordem tua,
Mil setas venenosas,
Em prémio destas lágrimas saudosas,
Inda assim continua
A abrasar-se em teus olhos… Vis amantes,
Corações inconstantes,
De sórdidas paixões envenenados,
VĂłs, a cujos ardores,
A cujos desbocados
Infames apetites
A Virtude, a Razão não põe limites,
Suspirai por ilĂ­citos favores,
Cevai-vos em torpĂ­ssimos desejos,
Tratai, tratai de louco um amor casto,
Que eu nos grilhões que arrasto;
TĂŁo limpos como o Sol, darei mil beijos.
Peçonhenta aliança,
Vergonhoso prazer, de vĂłs nĂŁo curo;
De ti, sim, porque és puro,
Amor sem fruto, amor sem esperança.

A mais nobre paixão humana é aquela que ama a imagem da beleza em vez da realidade material. O maior prazer está na contemplação.

Uma situação trágica existe quando o homem é mais nobre do que as forças que o destroem.

Nosso caráter é um presságio de nosso destino, e quanto maior a integridade que temos e mantemos, mais fácil e nobre este destino tem probabilidade de ser.