Passagens de Oscar Wilde

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Julgar Pelas Aparências

A beleza é uma forma de Génio… diria mesmo que é mais sublime do que o Génio por não precisar de qualquer explicação. É um dos grandes factos do mundo, como a luz do sol ou a Primavera, ou o reflexo nas escuras águas dessa concha de prata a que chamamos lua. É inquestionável. Tem um direito de soberania divino. Eleva os seus possuidores à categoria de príncipes. Está a sorrir ? Ah, quando a tiver perdido com certeza que não há-de sorrir… às vezes as pessoas dizem que a Beleza é apenas superficial, e pode bem ser. Mas pelo menos não é tão superficial como o Pensamento. Para mim, a Beleza é a maravilha das maravilhas. Só as pessoas frívolas é que não julgam pelas aparências. O verdadeiro mistério do mundo é o visível e não o invisível…

O riso não é um mau começo para uma amizade, é também, de longe, a melhor maneira de a terminar.

Temo bastante que as boas pessoas tragam bastantes males a este mundo. O seu grande erro é, sem dúvida, o de darem tanta importância ao mal.

Para aqueles que não são artistas e para quem viver a realidade dos factos é o único modo possível de vida, a dor é o único caminho que conduz à perfeição.

As pessoas cujas acções são determinadas pela lógica têm estados de alma completamente diferentes dos outros. A única diferença reside no facto de que os seus estados de alma não fazerem grande sentido.

Aquele que sabe dominar os convidados num jantar em Londres pode dominar o mundo. O futuro pertence aos requintados. Os charmosos dominarão o mundo.

A vida obriga-nos a pagar demasiado caro o que nos oferece, e o mais insignificante dos segredos deve ser comprado por um preço exorbitante e infinito.

As mulheres dão tudo aos homens, até o ouro das suas vidas. Sem dúvida, mas, infalivelmente, exigem que lho convertam em moeda corrente.

A Beleza da Tragédia

É frequente desencadearem-se as verdadeiras tragédias da vida de uma maneira tão pouco artística que nos magoam com a sua crua violência, a sua tremenda incoerência, carecendo absolutamente de sentido, sem o mínimo estilo. Afectam-nos do mesmo modo que a vulgaridade. Causam-nos uma impressão de pura força bruta contra a qual nos revoltamos. Por vezes, porém, cruzamo-nos nas nossas vidas com uma tragédia repassada de elementos de beleza artística. Se esses elementos estéticos são autênticos, todo o episódio apela à nossa apreciação do efeito dramático. De repente deixamos de ser actores e passamos a espectadores da peça. Ou antes, somos ambas as coisas. Observamo-nos, e todo o encanto do espectáculo nos arrebata.

Frequentemente tenho longas conversas comigo mesmo, e sou tão inteligente que algumas vezes não entendo uma palavra do que estou dizendo.