Passagens sobre Partidos

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Frases sobre partidos, poemas sobre partidos e outras passagens sobre partidos para ler e compartilhar. Leia as melhores citações em Poetris.

Se você vai abster-se de qualquer dizendo mentiras sobre o Partido Republicano, eu prometo não contar a verdade sobre os democratas.

A Segunda Juventude

Nos anos da juventude venera-se ou despreza-se ainda sem aquela arte da nuance que é o melhor partido da vida e paga-se, com justiça, muito caro o ter assaltado deste modo as coisas e as pessoas com sim e não. Tudo se predispõe de modo que o pior de todos os gostos, o gosto do absoluto, seja cruelmente achicalhado e abusado, até que o homem aprenda a pôr um pouco de arte nos seus sentimentos e prefira ousar fazer uma tentativa com o artificial: tal como o fazem os verdadeiros artistas da vida. A tendência para a cólera e o instinto da veneração, próprios da juventude, parecem não descansar enquanto não tiverem falseado homens e coisas para os poder dominar: – a juventude, já de si, é algo que engana e falseia.

Mais tarde, quando a alma jovem, martirizada por mil desilusões, se volta por fim, desconfiada, contra si mesma, ardente e selvagem ainda, mesmo nas suas suspeitas e remorsos: como se encoleriza consigo mesmo, como se dilacera com impaciência, como se vinga da sua longa cegueira, como se ela tivesse sido voluntária! Neste período de transição autocastiga-se pela desconfiança para com os seus próprios sentimentos; martiriza-se o entusiasmo pela dúvida;

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É incrível que ainda haja quem finja que são os programas e as ideias que decidem os votos. As pessoas votam em pessoas e em partidos e, se e quando coincidem os dois impulsos, maior e mais fácil é a festa.

Quem não se ocupa de política já tomou a decisão política de que gostaria de se ter poupado: serve o partido dominante.

Porque é que estranhas tanto que um deputado deixe o partido e vá ser deputado para outro lado? O jogador de futebol também muda de clube.

Quando Eu Partir

Quando eu partir, que eterna e que infinita
Há de crescer-me a dor de tu ficares;
Quanto pesar e mesmo que pesares,
Que comoção dentro desta alma aflita.

Por nossa vida toda sol, bonita,
Que sentimento, grande como os mares,
Que sombra e luto pelos teus olhares
Onde o carinho mais feliz palpita…

Nesse teu rosto da maior bondade
Quanta saudade mais, que atroz saudade…
Quanta tristeza por nós ambos, quanta,

Quando eu tiver já de uma vez partido,
Ó meu amor, ó meu muito querido
Amor, meu bem, meu tudo, ó minha santa!

Morte

Num imenso salão, alto e rotundo,
De caveiras iguais, ossos sem dono,
Perpétua habitação de eterno sono
Que tem por tecto o Céu, por base o mundo:

Bem no meio, em silêncio o mais profundo,
Se levanta da Morte o fatal trono:
Ceptros sem rei, arados sem colono,
São os degraus do sólio furibundo.

Lanças, arneses pelo chão, quebrados,
Murchas grinaldas, báculos partidos,
Liras de vates, pastoris cajados,

Algemas, ferros e brasões luzidos,
No terrível salão são misturados,
No palácio da Morte confundidos.

A inteligência é uma excelente dona de casa que, um dia, resolve tirar partido de tudo quanto recolheu e classificou.

Atingir a Felicidade

Embora seja possível atingir a felicidade, a felicidade não é uma coisa simples. Existem muitos níveis. O Budismo, por exemplo, refere-se a quatro factores de contentamento ou felicidade: os bens materiais, a satisfação mundana, a espiritualidade e a iluminação. O conjunto destes factores abarca a totalidade da busca pessoal de felicidade. Deixemos de lado, por ora, as aspirações últimas a nível religioso ou espiritual, como a perfeição e a iluminação, e concentremo-nos unicamente sobre a alegria e a felicidade, tal como as concebemos a nível mundano. A este nível, existem certos elementos-chave que nós reconhecemos convencionalmente como contribuindo para o bem-estar e a felicidade. A saúde, por exemplo, é considerada como um factor necessário para o bem-estar. Um outro factor são as condições materiais ou os bens que possuímos. Ter amigos e companheiros, é outro. Todos nós concordamos que para termos uma vida feliz precisamos de um círculo de amigos com quem nos possamos relacionar emocionalmente e em quem possamos confiar.

Portanto, todos estes factores são causas de felicidade. Mas para que um indivíduo possa utilizá-los plenamente e gozar de uma vida feliz e preenchida, a chave é o estado de espírito. É crucial. Se utilizarmos as condições favoráveis que possuímos,

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O desgosto pode tomar conta de si próprio, mas para tirar todo o partido de uma alegria, temos de ter alguém com quem a partilhar.

É Mais Simples e Mais Útil Adaptar-se Aos Outros

Supondo que só existiam hoje dois homens na terra que a possuissem sozinhos, e a dividam entre si, estou convencido de que nascerá logo entre eles algum motivo de discórdia, nem que seja pelos limites. Às vezes é mais simples e mais útil adaptar-se aos outros do que fazer os outros se adaptarem a nós.
(…) Há uma coisa que nunca se viu sob o céu e segundo todas as aparências, nunca se verá: é uma cidade pequena que não esteja dividida em partidos; onde as famílias sejam unidas e os primos se vejam com confiança; onde um casamento não gere guerra civil; onde a querela dos partidos não desperte a todo o momento, por fraude, incenso e pão bento, procissões e enterros; de onde se baniram os linguarudos, a mentira e a maledicência: onde se vejam falar juntos o juiz e o presidente da câmara, os eleitores e os assessores; onde o deão viva bem com o cónego, onde os cónegos não desdenhem os capelães e estes suportem os padres-mestres.
Os provincianos e os tolos estão sempre prontos a se zangarem e a pensarem que se está a zombar deles, ou a desprezá-los; nunca se deve arriscar uma brincadeira,

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A crise é um facto dinâmico e populista e em toda a Europa. A solidariedade europeia, elemento fundamental da União, desapareceu. Os dois partidos políticos que construíram a Europa foram os social-democratas, socialistas e trabalhistas e também os democratas-cristãos. Hoje só há populistas. Embora se intitulem social-democratas e democratas-cristãos. O populismo venceu, destruindo os Estados em favor dos mercados.

Quem me Dera que a Minha Vida Fosse um Carro de Bois

Quem me dera que a minha vida fosse um carro de bois
Que vem a chiar, manhãzinha cedo, pela estrada,
E que para de onde veio volta depois
Quase à noitinha pela mesma estrada.
Eu não tinha que ter esperanças — tinha só que ter rodas

A minha velhice não tinha rugas nem cabelo branco…
Quando eu já não servia, tiravam-me as rodas
E eu ficava virado e partido no fundo de um barranco.

Igual-Desigual

Eu desconfiava:
todas as histórias em quadrinho são iguais.
Todos os filmes norte-americanos são iguais.
Todos os filmes de todos os países são iguais.
Todos os best-sellers são iguais
Todos os campeonatos nacionais e internacionais de futebol são
iguais.
Todos os partidos políticos
são iguais.
Todas as mulheres que andam na moda
são iguais.
Todos os sonetos, gazéis, virelais, sextinas e rondós são iguais
e todos, todos
os poemas em verso livre são enfadonhamente iguais.

Todas as guerras do mundo são iguais.
Todas as fomes são iguais.
Todos os amores, iguais iguais iguais.
Iguais todos os rompimentos.
A morte é igualíssima.
Todas as criações da natureza são iguais.
Todas as acções, cruéis, piedosas ou indiferentes, são iguais.
Contudo, o homem não é igual a nenhum outro homem, bicho ou
[coisa.

Ninguém é igual a ninguém.
Todo o ser humano é um estranho
ímpar.

Carlos Drummond de Andrade, in ‘A Paixão Medida’

Esta Noite Morrerás

Esta noite morrerás.
Quando a lua vier tocar-me o rosto
terás partido do meu leito
e aquele que procurar a marca dos teus passos
encontra urtigas crescendo
por sobre o teu nome.
Esta noite morrerás.
Quando a lua vier tocar-me o rosto
terás partido do meu leito
e uma gota de sangue ressequido
é a marca dos teus passos.
No coração do tempo pulsa um maquinismo ínscio
e na casa do tempo a hora é adorno.
Quando a lua vier tocar-me o rosto a tua sombra extinta marca
o fim de um eclipse horário de uma partida iminente e o tempo
apaga a marca dos teus passos sobre o meu nome.
Constante.
O mar é isso.
A lua vir tocar-me o rosto e encontrar urtigas crescendo
por sobre o teu nome.
O mar é tu morreste.
O mar é ser noite e vir a lua tocar-me o rosto quando tu par-
tiste e no meu leito crescem folhas sangue.
A febre é uma pira incompreensível como a aparição da lua
e a opacidade do mar.
No meu leito a lua vai tocar-me o rosto e a tua ausência é um
prisma,

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No partido, a intensa opinião fragmenta-se e apuramos aquilo em que diferimos dos outros homens, não aquilo em que lhes somos irmãos; guiamo-nos por um ser geral que nos supera e por ele nos substituímos; vive em nós a tribo, muito mais do que a Humanidade.