Passagens de Paulo Leminski

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Tudo é vago e muito vário, meu destino não tem siso, o que eu quero não tem preço ter um preço é necessário, e nada disso é preciso

Quando eu vi você tive uma ideia brilhante. Foi como se eu olhasse de dentro de um diamante e meu olho ganhasse mil faces num só instante.

Nessa pedra alguém sentou para ver o mar Mas o mar, não parou para ser olhado E foi mar, pra todo lado.

Tem horas que é caco de vidro Meses que é feito um grito Tem horas que eu nem duvido Tem dias que eu acredito.

Dia dai-me a sabedoria de Caetano nunca ler jornais a loucura de Glauber tem sempre uma cabeça cortada a mais a fúria de Décio nunca fazer versinhos normais

ALÉM ALMA

(UMA GRAMA DEPOIS)

Meu coração lá de longe
faz sinal que quer voltar.
Já no peito trago em bronze:
NÃO TEM VAGA NEM LUGAR.
Pra que me serve um negócio
que não cessa de bater?
Mais parece um relógio
que acaba de enlouquecer.
Pra que é que eu quero quem chora,
se estou tão bem assim,
e o vazio que vai lá fora
cai macio dentro de mim?

Bom dia, poetas velhos. Me deixem na boca o gosto dos versos mais fortes que não farei. Dia vai vir que os saiba tão bem que vos cite como quem tê-los um tanto feito também, acredite.

Aqui nessa pedra, alguém sentou para olhar o mar O mar não parou para ser olhado Foi mar pra tudo que é lado

Parem eu confesso sou poeta cada manhã que nasce me nasce uma rosa na face parem eu confesso sou poeta só meu amor é meu deus eu sou o seu profeta.