Erra, Fio mortal da Alma, o Destino

Erra, fio mortal da alma, o destino.
Porém, trémulo, o não temo.
Seco serĂĄ o poder do nada, o silĂȘncio
dos deuses ou o rosto corrompido
dos homens. Estas folhas ĂĄsperas
e pĂĄlidas entardecem e conhecem-me.
O ar que queima, sem arder, a pedra
da manhĂŁ ou o inigualado luto
da noite, Ă© solene, Ă© suave,
inexorĂĄvel princĂ­pio de tudo
quanto existirá. É ido o sonho
do fogo, a exacta vida, sucumbe
o corpo no vazio enigma da cĂłlera
divina. Dura, sem medida, a excessiva,
a Ă©bria, a avara solidĂŁo, neste ar
perene que, no odor da terra se
oculta. SĂł minha absurda aparĂȘncia
a Ave dilacera.