Balada de Lisboa
Em cada esquina te vais
Em cada esquina te vejo
Esta Ă© a cidade que tem
Teu nome escrito no cais
A cidade onde desenho
Teu rosto com sol e TejoCaravelas te levaram
Caravelas te perderam
Esta Ă© a cidade onde chegas
Nas manhĂŁs de tua ausĂȘncia
TĂŁo perto de mim tĂŁo longe
TĂŁo fora de seres presenteEsta e a cidade onde estĂĄs
Como quem nĂŁo volta mais
TĂŁo dentro de mim tĂŁo que
Nunca ninguém por ninguém
Em cada dia regressas
Em cada dia te vaisEm cada rua me foges
Em cada rua te vejo
TĂŁo doente da viagem
Teu rosto de sol e Tejo
Esta Ă© a cidade onde moras
Como quem estĂĄ de passagemĂs vezes pergunto se
Ăs vezes pergunto quem
Esta Ă© a cidade onde estĂĄs
Com quem nunca mais vem
TĂŁo longe de mim tĂŁo perto
Ninguém assim por ninguém
Poemas sobre AusĂȘncia de Manuel Alegre
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