A Vida
脫 grandes olhos outomnaes! mysticas luzes!
Mais tristes do que o amor, solemnes como as cruzes!
脫 olhos pretos! olhos pretos! olhos cor
Da capa d’Hamlet, das gangrenas do Senhor!
脫 olhos negros como noites, como po莽os!
脫 fontes de luar, n’um corpo todo ossos!
脫 puros como o c茅u! 贸 tristes como levas
De degredados!脫 Quarta-feira de Trevas!
Vossa luz 茅 maior, que a de trez luas-cheias:
Sois v贸s que allumiaes os prezos, nas cadeias,
脫 velas do perd茫o! candeias da desgra莽a!
脫 grandes olhos outomnaes, cheios de Gra莽a!
Olhos accezos como altares de novena!
Olhos de genio, aonde o Bardo molha a penna!
脫 carv玫es que accendeis o lume das velhinhas,
Lume dos que no mar andam botando as linhas…
脫 pharolim da barra a guiar os navegantes!
脫 pyrilampos a allumiar os caminhantes,
Mais os que v茫o na diligencia pela serra!
脫 Extrema-Unc莽茫o final dos que se v茫o da Terra!
脫 janellas de treva, abertas no teu rosto!
Thuribulos de luar! Luas-cheias d’Agosto!
Luas d’Estio! Luas negras de velludo!
脫 luas negras,
Poemas sobre Carne de Ant贸nio Nobre
2 resultadosAh Deixem-me Dormir!
O Poeta
Ol谩, bom velho! 茅 aqui o Hotel da Cova,
Tens algum quarto ainda para alugar?
Simples que seja, basta-me uma alcova…
(Como eu estou molhado! 茅 de chorar…)
O povoO luar averte as orvalhadas sobre a rua!
Jezus! que lindo…Vamos! depressa! Vem, faze-me a cama,
Que eu tenho somno, quero-me deitar!
脫 velha Morte, minha outra ama!
Para eu dormir, vem dar-me de mamar…
A Sra JuliaS茫o as Janeiras da Lua!
O CoveiroOs quartos, meu senhor, est茫o tomados
Mas se quizer na valla (que 茅 de gra莽a…)
Dormem, alli, somente os desgra莽ados:
T锚m bom dormir… bom sitio… ninguem passa…
O Z茅 dos LodosA lua 茅 a nossa vacca, 贸 Maria!
Mugindo…Ainda l谩, hontem, hospedei um mo莽o
E n茫o se queixa… E ha-de poupal-o a tra莽a,
Porque esses hospedes s贸 trazem osso,
E a carne em si, valha a verdade, 茅 escassa.
O Dr. DelegadoA noite parece dia!
O PoetaEscassa, sim! mas tenho ossada ainda,