Fraternidade
RazĂŁo nĂŁo tenho para os homens amar
Nem eles uma para amar-me tĂȘm;
Ă sua vileza cego nĂŁo sei estar
E toda a vileza tambĂ©m eles vĂȘem.Ădio em palavras, por saciar,
Sabendo jĂĄ que por todos seria
Incompreendido; fosse eu falar
E deles ignoto continuaria.Um Ăłdio mĂștuo que de instinto vem
Oculto em sorrisos, mal nos suportando.
A bondade humana, conheço-a bem;
Odeio os homens, «irmãos» lhes chamando.
Poemas sobre Cegos de Alexandre Search
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O Mundo
O mundo, tal como o entendo,
Não vai além daquilo que o cego
De cor e sombra pode encontrar
Na escuridĂŁo que Ă© a sua sina;
Este mundo, imenso e luzente,
O qual nĂłs viemos herdar
Com um orgulho inconsciente,
Vale tanto quanto as nossas rimas
E haveres, sua lama dourada â
Nada, Ă© o mais que dele vou falar
E aqui, no leito do nada,
Para o outro lado vou-me voltar.