Poemas sobre Cores de JoĆ£o Miguel Fernandes Jorge

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Poemas de cores de JoĆ£o Miguel Fernandes Jorge. Leia este e outros poemas de JoĆ£o Miguel Fernandes Jorge em Poetris.

Este Ć© o Papel Singular da Alegria

Este Ć© o papel singular da alegria
a lei errante do paĆ­s
Ć© o maior dos silĆŖncios.

Caminhei por entre rios pontos de Ɣgua
estaƧƵes de novembro
pequena razĆ£o dos ventos da manhĆ£.

NĆ£o trafiquei nĆ£o porque seja forte
mas porque falo da alegria do estar sobre vĆ³s
nestes pontos de Ɣgua
na acidez da flor
neste paĆ­s frequentado

algumas coisas nunca mudarĆ£o. O rigor
da luz torna invulnerƔvel o desejo de perder
esta pressa de verĆ£o.

Algumas coisas serĆ£o sempre as mesmas: manhĆ£
encosta o teu ouvido sobre a porta escuta
era a voz os cavaleiros roubados a Ucello
longĆ­nquos.

(Profanamos a casa nĆ£o o corpo
esta forma desenhada ruga a ruga
esta cor amarela sobre a praia.)

Trago-te ao EspaƧo da Janela

Trago-te ao espaƧo da janela.
De novo surgiram deste lado da rua.
Em voz baixa disse Ā«uma alucinaĆ§Ć£oĀ». A
Ćŗnica resposta foi entrar em casa
subir ao quarto mudar de roupa
ser jovem com quem soube bem ser jovem
sƔbio com quem quiseste ser sƔbio
velho com os velhos.
Trago-te para perto da janela
o rio vĆŖ-se daqui.
A cor da terra circula.

Ā«Talvez seja a morteĀ» Ā«nĆ£oĀ»
Ā«se for a morte o coraĆ§Ć£o baterĆ” mais ou menos forteĀ».
O corpo
nĆ£o tem grande lugar.