Poemas sobre Corpo de Ant贸nio Os贸rio

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A Meus Filhos

A meus filhos
desejo a curva do horizonte.

E todavia deles tudo em mim desejo:
o felino gosto de ver,
o brilho chuvoso da pele,
as m茫os que desvendam e amam.

Marga,
meu fermento,
neles caminho e me procuro,
a corpo igual regresso:

ao r谩pido besouro das l谩grimas,
ao calor da boca dos c茫es,
脿 sua l铆ngua de faca afectuosa;

脿 seta que disparam os ibiscos,
脿 partida solene da cama de grades,
ao encontro, na praia, com as algas;

脿 alegria de dormir com um gato,
de ver sair das vacas o leite fumegante,
脿 chegada do amor aos quatro anos.

Peso do Mundo

A poesia n茫o 茅, nunca foi
uma enumera莽茫o ou composto
de exuber芒ncia, bondade,
altitude, nem arado
ou d谩diva sobre ch茫o
prenhe de mortos.

Nem o arrependimento
de Deus por ter criado o homem
com o rosto da sua mem贸ria,
ao lado dos seus vermes.

T茫o-pouco f么lego dos que amam
abrindo a porta l铆mpida
do corpo e chovendo sobre a terra,
ou carregam como tartarugas
o peso do mundo.

Nem rever锚ncia por um tigre,
pela leveza maligna de todas as patas,
pela sonol锚ncia junto 脿 estirpe
aprisionada tamb茅m
na dureza de ser tigre.

脡 o milagre de uma arma
total, de uma s贸 palavra
reduzindo o 谩tomo 脿 completa inoc锚ncia.

As Adolescentes

A pele mosqueada da ma莽茫 reineta,
um ar vago e doce, feliz.
Subitamente correm como rapazes,
s茫o a corda do arco
que se dilata e a seta do corpo
chega aos quinze anos,
quando abrem as ancas
e amam como se fossem m茫es.