Tenho um Corpo a Sentir o que é de Todos
Tenho um corpo a sentir o que é de todos,
um espelho aonde não aparece tudo; nem a mão que
vai ao sonho tornando menor o ultraje da criança
dividida com fantasmas de adultos. Ali, só permanece
a soma dos noivos deitados sobre a própria imagem.E subentende-se o espanto da alma que não imita
nada do homem. Ficam as medidas do corte por baixo
dos pontos, pois em cada parte do mundo te junto,
crio o que sou na morte adiantando
esse modelo inútil que está no berço.E ele embalança por nada. Não sente o que está
dentro e não começa nunca antes da saudade: esse nó
que damos em nós mesmos depois de passado o tempo.
Poemas sobre Crianças de C. Ronald
2 resultados Poemas de crianças de C. Ronald. Leia este e outros poemas de C. Ronald em Poetris.
O que se Prende no Tempo
O que se prende no tempo
é do tempo a árvore crua um ídolo sem desejos
e os órfãos feitos de um osso apenasEntre duas crianças amestradas entre duas
moléculas frondosas
de quem tirei os segredos