Certezas do Tempo
Foi de uma colina obscena que viemos,
no dia se esconde o dedo, nascemos.
Deste caminho, só o hálito
nĂŁo serve aos mortos. E a recompensa,
a tua vida, quando entra
na casa e, rápido cheiro, apodrece.
Também eu propus o estrangulamento,
que o corpo ficasse fora das muralhas,
no ar
qual bule ardido.
Poemas sobre Dedos de Gil de Carvalho
2 resultados Poemas de dedos de Gil de Carvalho. Leia este e outros poemas de Gil de Carvalho em Poetris.
Algures
Armei a boiz, a derradeira porta,
flexĂvel, a favor do vento.
Pousado na noite
descobri o teu rasto.
Uma vida nĂŁo basta
para termos um rosto
e levá-lo, sem morte,
ao lado encontrado
num embrulho de dedos.Corta o barbante,
e segura no corpo
até que ele morra.